quarta-feira, dezembro 27, 2006

Amanhã vai ser melhor


(a imagem é do pessoal firmeza do Mountain Bike BH)

Breve pausa até o começo de janeiro. Merecidas férias em uma praia sem carros, onde só é possível chegar de barco.

Falta tempo para escrever, mas desejo a todos os leitores, apreciadores ou não, um ótimo final de ano. Espero sinceramente que em 2007 finalmente comecemos a reverter a brutal destruição urbana, humana e ambiental causada pelo uso excessivo de automóveis nas cidades brasileiras, em especial na capital paulista.

Aproveito para pedir um favor. Alguns leitores reclamaram de um problema no layout do blogue: em algumas configurações de monitor e ao usar o internet explorer, a barra da direita só aparece ao final das postagens.

Não consegui identificar o problema com as minhas configurações (resolução 1024x768, navegadores Firefox ou Opera) e em outras semelhantes. Provavelmente foi causado pela alteração do antigo para o "novo Blogger". Se alguém tiver um tempinho para dar uma olhada no template do blogue e conseguir encontrar a solução, agradeço. As alterações podem ser enviadas pelo e-mail apocalipsemotorizado@gmail.com.

Um grande abraço a todos, um ótimo final de ano e até 2007. Seguimos buscando os nossos sonhos, caminhando contra o vento poluído e motorizado que sopra com força nestas bandas. Pela humanidade acima do mercado, pela vida acima do consumo, pelos direitos acima das mercadorias, pela convivência onde existe segregação e pela paz no lugar da guerra.

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Amém, automóvel


contrapublicidade do [ConsumeHastaMorir]

Da praça fez-se a rua. Da calçada, o estacionamento. Louvemos ao Deus Carro pela desgraça alcançada.

O espaço público é nosso altar cotidiano de sacrifícios. Oferecemos quatro vidas por dia em colisões e atropelamentos. Outras oito são entregues através de doenças respiratórias, problemas no coração, câncer e outros tipos de mortes lentas.

Também oferecemos o sacrifício diário dos que seguem vivos: penitentes castigados com muitas horas de trânsito, baixa qualidade de vida, péssimo acesso à cidade e ao espaço público.

Castigamos os infiéis (ou inferiores) com a degradação brutal do transporte público, com as calçadas-minadas, esburacadas, inexistentes ou ocupadas por nossas máquinas sagradas. Castigamos os rebeldes privando-lhes de ciclovias, ciclofaixas, semáforos de pedestres, respeito e transporte público durante a noite.

Oferecemos nossas riquezas para tratar feridos e enterrar os mortos. Gastamos o dinheiro de todos para beneficiar alguns: recapeamos e asfaltamos ruas, construimos viadutos, pontes e avenidas.



O Deus Carro é guloso por espaço; estimula luxúria, vaidade, avareza e orgulho através dos estímulos de consumo instantaneamente renovados pela máquina da propaganda; gera preguiça e ira em quem dirige e transforma toda a cidade em um verdadeiro inferno para vender o único Céu possível: o Sagrado Coração de metal, plástico e vidro.

Tanto no Céu, quanto na Terra. Poluímos o ar e derretemos o planeta. Destruimos bairros e comunidades inteiras para acomodar o fluxo e o estacionamento de um número cada vez mais insano de veículos. A cidade espalhada, segregada e agressiva é o território fértil para a manutenção da nossa fé. Acreditamos no medo, evitamos a convivência, odiamos aquele que se coloca à nossa frente como obstáculo para a velocidade vendida no comercial de tevê.

O Deus Carro e sua parceira Especulação espalharam a cidade, criaram imensos vazios urbanos, condomínios fechados e shoppings centers, tudo com amplo estacionamento ou manobrista no local. A rua é de ninguém, espaço poluído e abandonado que serve apenas para circularmos com nossa fé sobre quatro rodas. Amém, automóvel!


"Só não é uma religião porque ninguém consegue seguir"
(reprodução de apologia publicitária à velocidade assassina em revista)

* Vidros escuros acima do permitido pela lei meramente ilustrativos.
** Chamas na parte traseira só em caso de "acidente" provocado pelo excesso de velocidade.

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terça-feira, dezembro 26, 2006

Dezembro e a chuva



Choveu. Choveu muito na tarde da última sexta-feira em São Paulo. Andar de bicicleta na chuva não é impossível, mas pode ser um tanto desagradável. Não tanto pela água que vem do céu, geralmente mais limpa do que aquela que respinga do asfalto, cheia de óleo, fuligem e tudo que o paulistano joga diariamente nas ruas impermeáveis e que não é levado para os rios ou recolhido pelos incasáveis garis.



Era dia de Bicicletada, a última do ano. As placas da Praça do Ciclista, reinstaladas no Dia Sem Carro, ainda estavam por lá. A Praça do Ciclista é um espaço no final da avenida Paulista, um canteiro largo com uma estátua e um gramado no meio. Dizem que o projeto original da avenida previa canteiros centrais largos ao longo de toda a Paulista, espaços para caminhadas, com árvores ou ciclovias.

Os canteiros foram engolidos pelo automóvel e deram lugar a quatro pistas de rolamento que passam o dia congestionadas. Em 2006 foram instaladas grades pela CET para impedir a passagem de pedestres no canteiro, ou seja, para legitimar que a cidade é feita exclusivamente para o automóvel. Sobrou a Praça do Ciclista, espaço de resistência que teve batismo popular em fevereiro deste ano e funciona como ponto de encontro das Bicicletadas paulistanas.


placa instalada pelos participantes da Bicicletada no Dia Sem Carro



Quatro bravos ciclistas apareceram. Refugiados no ponto de ônibus, trocavam idéias sobre bicicleta, chuva, São Paulo...



E ainda deu tempo de pequenos ajustes e troca de conhecimentos sobre mecânica das magrelas.



Em janeiro tem mais. Sempre na última sexta-feira de cada mês, às 18h, com encontro marcado na Praça do Ciclista, o canteiro central no finalzinho da Paulista, quase na Consolação, em cima do buraco da rampa anti-mendigo, em frente aos sebos do Belas Artes... Ali, onde a incansável estátua olha para o oceano de automóveis e sonha com dias melhores.

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sábado, dezembro 23, 2006

Ho ho ho


NORTE

os 20% mais ricos consomem 80% dos recursos planetários

SUL

(fotos: autoria desconhecida / dica das fotos: Inácio Guerberoff)

["Feliz Natal, a guerra acabou"]
vídeo sobre música de John Lennon no pimenta negra

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quinta-feira, dezembro 21, 2006

É sexta


(arte: pedalero)

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quarta-feira, dezembro 20, 2006

Visite o inferno



O final do ano é uma ótima época para conhecer São Paulo. O clima quente e o asfalto rachando por todos os lados são perfeitos para o encenação apocalíptica do natal e realização das últimas pendências antes de entupirmos as rodovias para curtir o grande feriadão. Tudo sobre quatro rodas, duas toneladas e um motor a combustão.

Além de trabalhar para dirigir e dirigir para trabalhar, nossos educados cidadãos motorizados também entopem as ruas nesta época do ano para consumir e ver as incríveis decorações de natal instaladas especialmente em agências bancárias. Amplas calçadas estão disponíveis para o estacionamento dos visitantes motorizados.



Em São Paulo o pedestre é sempre respeitado. Nossa cidade dispõe de calçadas perfeitas para fraturas em transeuntes de todas as idades. Nossos cruzamentos quase nunca têm semáforo específico para pedestres e em alguns pontos você poderá desfrutar de menos de 10 segundos para atravessar uma rua, desviando de apenas três ou quatro carros em cima da faixa.



Aqui nós entupimos ruas e avenidas todos os dias com nossos maravilhosos automóveis levando apenas uma pessoa dentro.



Aqui nós gastamos fortunas construindo avenidas e pontes cada vez mais largas para acomodar nossas maravilhosas máquinas poluidoras de transporte individual.



Aqui, como nas grandes metrópoles mundiais, o transporte público é uma ótima forma de conhecer a cidade. Milhões de carros com uma pessoa dentro tornam a sua viagem de ônibus sempre agradável. Dentro de um coletivo cercado por carros você poderá passar várias horas contemplando a cidade, um "city tour" inesquecível.

Carro atrapalha o trânsito: já que construção de faixas exclusivas para o transporte coletivo acontece em espasmos esporádicos e não se constitui em prioridade para as administrações municipais, quem anda de carro não só prejudica outros motoristas, mas também atrapalha a grande maioria (70% da população) que não tem automóvel.



E aqui, nesta maravilha da engenharia moderna, celebramos o nosso final de ano. A cidade que teve seus espaços públicos roubados ou prostituídos pelo automóvel quase não tem praças ou áreas públicas de convivência, então comemoramos a virada na avenida mesmo.



Outro ângulo da nossa "Copacabana". Como na babilônia, nossos jardins e canteiros também são suspensos, assim deixamos todo o espaço livre para o congestionamento e ainda fornecemos uma boa quantidade de monóxido de carbono para alimentar as plantinhas e fuligem tóxica para a criação de novas espécies mutantes.

Traga seu carro e venha se divertir em São Paulo. É inesquecível!

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Natal sincero


(instalação e foto: Mariana Cavalcante)

Por que decoramos grades, cercas eletrificadas e muros altos com motivos alegres e luzes festivas?

Por que desejamos paz, se apontamos holofotes e câmeras para qualquer um que se aproxime de nossos castelos?

Por que desejamos "feliz natal", se queremos mesmo é dizer "afaste-se?


(fotos: Mariana Cavalcante)

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Ande de ônibus, vá de bicicleta


(imagem: reprodução / sptrans)

Finalmente duas notícias boas. O site da SPTrans foi remodelado e as consultas a itinerários de ônibus enfim se tornaram algo prático e eficiente. Dá pra consultar percursos com ou sem integração, ver os horários de partida dos ônibus e até a distância a ser percorrida a pé.

Falta só tirar os carros que entopem as ruas, atrapalham os ônibus e contribuem sensivelmente com os atrasos e a degradação do transporte coletivo na capital.


(paraciclo na Câmara - imagem: reprodução / vereadora Soninha)

A outra boa nova vem do Legislativo municipal. Graças ao esforço de alguns vereadores, a Câmara Municipal de São Paulo agora é mais um dos poucos locais a cumprir a lei 13.995, que prevê estacionamento para bicicletas em locais de grande fluxo de pessoas.

Apesar de ter sido aprovada por unanimidade, sancionada pelo ex-prefeito José Serra e ter virado notícia de jornal, a 13.995 ainda não saiu do papel. E, como tantas outras, não deve sair: é considerada insuficiente e equivocada inclusive por funcionários graduados da prefeitura, pois não estabelece punições para quem deixa de cumpri-la.

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terça-feira, dezembro 19, 2006

Bicicletada do Porto, Bicicletada em Santo André


(Bicicletada de agosto no Porto - foto: Pedro Serra)

O site da bicicletada do Porto (em Portugal) é recheado de fotos, notícias, textos e um excelente material educativo para ação direta e cotidiana nas ruas (vide a bandeirinha feita com stencil disponível no site).



E na próxima sexta-feira (22) acontece a primeira Bicicletada de Santo André. Concentração às 18h, no lago do Paço Municipal.


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Manchas


(montagem: grupo Sfera a partir do filme de François Truffaut)

- Às vezes acho que os motoristas não sabem o que é grama, ou flores, porque nunca param para observá-las - disse ela. - Se a gente mostrar uma mancha verde a um motorista, ele dirá: Ah sim! Isso é grama! Uma mancha cor-de-rosa? É um roseiral! Manchas brancas são casas. Manchas marrons são vacas. Certa vez, titio ia devagar por uma rodovia. Ele estava a sessenta por hora e o prenderam por dois dias. Isso não é engraçado? E triste, também?

Trecho da conversa de Clarisse com Montag retirado do livro Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.

Quem anda de carro não interage com o meio por onde passa e, principalmente, com as pessoas. Quando resolve andar mais devagar recebe buzinas, xingamentos e quem sabe, no futuro, poderá até ser preso.

postagem enviada por Frederico Gordin

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Quibe



Nova galeria de fotos no multiply:

[carro vip]

os abusos automobilísticos de autoridade em São Paulo

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segunda-feira, dezembro 18, 2006

Que se vayan todos


(charge: Zanini H. / CMI)

Chega em cima da hora a notícia de um protesto contra o aumento nos salários dos malandros federais federais. Amanhã, terça-feira (19), às 12h, em frente ao Teatro Municipal de São Paulo.

[abaixo assinado virtual contra o aumento dos caras-de-pau]

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Oficina de bicicletas - celebrando alternativas


(fotos: gira)

No último sábado (16) aconteceu uma oficina de bicicletas no Espaço Impróprio. Além de consertos, ajustes e troca de idéias, o encontro serviu para o início da montagem de um equipamento de som em uma bicicleta de carga.

O modelo Matrix Cargas, comprado por menos de R$100,00, transportou ferramentas, rodas de outra bicicleta, toca-fitas, potências, alto-falantes cabos e muitos quilos de parafernália até o local do encontro.



Para quem está acostumado com "mountain bikes" ou bicicletas urbanas cheias de marchas, penus rápidos e bastante agilidade no trânsito, pedalar uma cargueira exige um pouco de concentração e outro tanto de pernas.

A manhã tranquila de sábado, a pequena distância percorrida, a companhia agradável e o céu ensolarado tornaram a tarefa mais fácil.



Milhares de entregadores circulam diariamente pela cidade a serviço de farmácias, açougues, supermercados, distribuidoras de revistas e outros tantos estabelecimentos comerciais ou serviços. As bicicletas cargueiras ocupam 1/5 do espaço ocupado por um carro de passeio, não poluem, não gastam combustível e ocupam pouco espaço quando estacionadas.

Elas têm o mesmo direito que qualquer outro veículo de circular nas ruas com segurança. Ao avistar uma bicicleta, o condutor de veículo motorizado deve reduzir a velocidade e manter distância segura de ultrapassagem (1,5m).

Mesmo assim alguns motoristas enxergam os entregadores como obstáculos para a passagem de seus carros, tirando "finas" das bicicletas que podem resultar em graves "acidentes". Muitos entregadores (assim como os demais "tipos" de ciclistas) também não respeitam as regras de trânsito, avançando sobre pedestres ou andando na contra-mão.



O trabalho de montagem da bicicleta sonora está só no começo, mas valeu a diversão de comprovar que a bicicleta também é um ótimo veículo para o transporte de carga. Infelizmente o uso excessivo e irresponsável de automóveis torna a missão um tanto arriscada para quem não tem prática.


adesivos trocados durante o dia

Além da oficina de bicicletas, outras atividades ocuparam o Espaço Impróprio naquele sábado. Troca de experiências, montagem de computadores, vídeos, produção de stencils, confraternização e celebração das experiências alternativas à sociedade predatória de consumo.



oficina de stencil





(Latuff nas paredes do Impróprio)

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bem-vindo, cadeirante


(Fran's Cafe Heitor Penteado)

O local onde o carro branco está estacionado não é uma vaga. Por conveniência dos motoristas e conivência do estabelecimento, foi transformado em estacionamento.

A "vaga" atrapalha pedestres e, principalmente, cadeirantes que atravessam no local, além dos clientes do café, que são obrigados a se espremer entre os carros para entrar no estabelecimento.

É difícil encontrar segurança, gerente ou até mesmo proprietário de estabelecimento comercial em São Paulo que "peite" um motorista dizendo que o carro está em local impróprio. Soa como afronta. Uma parte dos motoristas acredita que todo espaço vago é local para deixarem sua propriedade particular. Ao serem contestados, costumam alegar que "ainda existe espaço para o pedestre passar" (ali, entre a bunda do carro e o poste, bem espremido, um de cada vez). Os mais exaltados xingam, ofendem e (não raro) chegam a ameaçar quem está solicitando a retirada da máquina.

Tão raro é encontrar um estabelecimento comercial em São Paulo que disponha de local reservado para o estacionamento biciceletas. Um paraciclo no local do carro branco não atrapalharia os pedestres e cadeirantes. Também tornaria o estabelecimento mais agradável, afinal é bem mais interessante tomar um café olhando para bicicletas e para a calçada do que recebendo o bafo quente do motor de um carro que ainda trata de tapar a sua visão.

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Evite o trânsito nas compras de natal



(publicado no pimenta negra / campanha de gaia.pt)

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quinta-feira, dezembro 14, 2006

Dê uma geral na sua magrela



No próximo sábado (16) o Espaço Impróprio promove uma série de oficinas, encontros e atividades culturais.

Participantes da Bicicletada e da Coopbike irão realizar uma oficina de bicicletas a partir das 10h da manhã. Dicas de mecânica, troca de idéias sobre o uso da bicicleta em São Paulo e a montagem de uma bicicleta sonora estão entre as atividades programadas.

Apareça por lá, leve a sua magrela para dar uma volta e confira também as outras atividades na programação.

O Espaço Impróprio fica na R. Dona Antônia de Queiroz, 40 (travessa da R. Augusta).


clique na imagem para ver a programação

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quarta-feira, dezembro 13, 2006

atitude suspeita

terça-feira, dezembro 12, 2006

Não passa na tevê nem dá pra ver de dentro do carro


(vídeo do ato contra o aumento em 30 de novembro - CMI Brasil)

Festa e apoio popular nos calçadões do centro durante as manifestações contra o aumento do transporte coletivo. Nenhuma cara amarrada, nenhuma buzina, nenhum xingamento do tipo "não tem o que fazer e fica aí atrapalhando o trânsito".

Uma manifestação não atrapalha a locomoção de pessoas, mas sim o deslocamento de veículos. Ninguém deixou de "ir e vir" nos calçadões do centro por causa da manifestação (a não ser quando a polícia jogava bombas ou usava armas químicas e físicas).

Requer uma organização ainda não praticada no Brasil, mas seria fantástico que as manifestações não atrapalhassem o fluxo do transporte público coletivo, ou seja, a maioria da população.

Afinal, os 30% possuidores de carros já estão mais do que acostumados com o caos criado por eles mesmos: a lentidão interminável é vivenciada diariamente pelos motoristas praticamente a qualquer hora do dia.

Além de atrapalhar quem causa o transtorno, o "trânsito" gerado pelo uso excessivo dos automóveis prejudica sensivelmente a qualidade do transporte coletivo, tornando muito ruins as viagens de ônibus em vias não-exclusivas e aumentando brutalmente o custo de operação das linhas.

A sociedade em conivência com sucessivos governos de interesses automobilistas tornaram as condições de locomoção inviáveis para todos os cidadãos. A diferença é que alguns ficam parados em confortáveis poltronas e podem desfrutar de dispositivos anestesiantes como ar condicionado, som, telefone celular, vidros a prova de ruídos e até televisões e computadores, enquanto outros passam horas de pé e/ou espremidos em um veículo barulhento.

Costuma-se botar a culpa da lentidão motorizada na chuva, na sexta-feira, na véspera de feriado, no natal, nas obras para ampliar ou consertar o sistema viário, em algum grande evento e até nas manifestações populares, mas vale lembrar que quem realmente atrapalha o direito de ir e vir de toda a população todos os dias é quem causa o trânsito e quem se beneficia dele (incluindo aí governos, empresas privadas e todo o gigantesco lobby automobilístico).

A agitação em São Paulo pelo direito ao transporte em belos vídeos que não passam na sua televisão:

[vídeo de 24/11]

[vídeo de 30/11]

[vídeo de 01/12]

[vídeo do protesto na inauguração da árvore de natal do banco - 03/12]


A carruagem com escolta da "madrinha" Hebe Camargo depois da inauguração da árvore de natal "do banco", que teve protesto contra o aumento das tarifas do transporte. (CMI-Brasil)

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Burocracia zero



A bicicleta não ocupa espaço e não causa briga entre vizinhos por estar "mal estacionada". Enquanto uma vaga de carro chega a custar R$30 mil em bairros nobres de São Paulo e pode ser alugada por mais de R$150,00 mensais, o estacionamento de bicicletas é grátis e pode ser feito até dentro de casa.

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Se fosse verdade...

São Paulo, 1976:

"Toda estrada que for construída no Estado de São Paulo, com ou sem pavimentação asfáltica, incluirá uma faixa exclusivamente destina­da ao tráfego de bicicletas à tração humana ou motorizadas até 50 (Cinqüenta)-cilindradas cúbicas."

Não é profecia, é lei. Assim como esta (número 1.208), existem muitas outras em vigor (?) no Brasil para assegurar a locomoção por meios não motorizados e a pé. Graças ao esforço do GT Bicicletas da ANTP, mais algumas leis municipais e estaduais do Estado de São Paulo foram encontradas, digitalizadas e adicionadas ao disco virtual do :.apocalipse motorizado.

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Não há mal que dure 100 anos


(por Cable a tierra, Radio Primero de Mayo - CMI Santiago)

¡Que se vayan Todos!


(foto: sumariados temuko - CMI/Santiago)

Morreu Pinochet!

Fotos da festa:

[1], [2], [3], [4], [5], [6], [7], [Genebra]

[CMI Santiago]

[CMI Chile]


(foto mediActivista - CMI Chile)

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