quarta-feira, junho 29, 2005

Google Maps

(dica do colega Inácio)

clique lá: maps.google.com, digite "Sao Paulo" no campo de busca e escolha a opção "satellite".

É simplesmente incrível. Eu fiquei até alta madrugada viajando pelo mundo. Paris, Rio de Janeiro, Berlim, Roma....

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Video na quinta


Caros amigos, colegas e leitores, na próxima quinta-feira (30), exibirei aqui em casa o vídeo "Sociedade do Automóvel", realizado com a colega Branca Nunes no ano passado.

O documentário tem pouco mais de 35 minutos. Em breve disponibilizaremos em DVD e para download na net.

Mais informações sobre a exibição de quinta através do e-mail.

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terça-feira, junho 28, 2005

Aumentam mortes em estradas de SP

684 pessoas morreram em 27.331 acidentes no ano de 2004. A estatística diz respeito apenas aos 3 mil quilômetros de estradas privatizadas no Estado de São Paulo (não estão contabilizados os acidentes e mortes nas rodovias estaduais e federais). A notícia é da Folha Online.

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Calçadão do Mosteiro ao Mercado


Este é o Mosteiro de São Bento, ponto turístico do centro de São Paulo.

Aos domingos, o largo em frente fica cheio de carros estacionados. Pobre turista, que tira foto do Mosteiro e leva pra casa a imagem de um estacionamento.

A Prefeitura anunciou recentemente que pretende abrir calçadão da Florêncio de Abreu (ao lado do mosteiro) para o fluxo de automóveis. Pobres monges, que terão que conviver com poluição e barulho.

A justificativa é a "revitalização do centro". Acreditam (eles) que ao facilitar o fluxo dos motorizados, a região ganhará mais vida.

Fica a sugestão: em vez de acabar com os calçadões, que tal criar mais áreas livres de carros, afinal o uso indiscriminado do automóvel só gera poluição, barulho e degradação do ambiente urbano.

Imagine que delícia uma caminhada do mosteiro de São Bento até o Mercado Municipal, passando por um enorme calçadão cheio de bancos, cafés, árvores e artistas de rua.

A Florêncio de Abreu tem um patrimônio arquitetônico riquíssimo, casas com mais de um século de vida em ótimo estado de conservação. Algumas, infelizmente, cobertas pela poluição visual de outdoores gigantescos.

Privar o cidadão de contemplar com tranquilidade a história da cidade em detrimento do tráfego motorizado é um crime. Esperamos que ainda reste alguma lucidez aos que administram esta cidade, pois o tempo do "rouba mas faz (viadutos)" já é passado. Ou não?

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segunda-feira, junho 27, 2005

Panacéia para os infratores



Que atire a primeira carteira de motorista quem acha que não existe corrupção no Detran.

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domingo, junho 26, 2005

34a Bicicletada - Estivemos nas ruas


Na última sexta-feira (24), 11 ciclistas ocuparam as ruas de São Paulo para celebrar o transporte não motorizado. Nossa mensagem estava em panfletos, faixas, nas bicicletas e nas conversas com os motoristas.


Desta vez tivemos a presença de dois "estrangeiros (de Florianópolis e Araçatuba)" e outros dois novatos na Bicicletada. Bem-vindos!


Faixa durante a panfletagem.


A velocidade que mata (só em São Paulo, são 1500 vítimas fatais por ano) e a tranquilidade da bicicleta.


Confraternização ao final da Bicicletada. Depois da pedalada, a galera foi assistir ao vídeo Sociedade do Automóvel, que em breve estará disponível neste site.

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quinta-feira, junho 23, 2005

Não se esqueça, é sexta!


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Algumas vítimas

Duas notícias da Folha Online de ontem:
- "dois morrem e três ficam feridos em acidente entre carro e lotação"
- em Santo André, 14 pessoas foram atropeladas em um ponto de ônibus por um carro desgovernado.

Destaque para a frase "a motorista do Uno não sofreu nenhum ferimento".

Ou seja, uma pessoa deixou sequelas graves em outras 14 e não sofreu um arranhão. Isso porque os milhões de dólares investidos em pesquisas de "segurança" pelas indústrias visam apenas a proteção de quem está no interior da jaula móvel (air-bags, cinto, carros que absorvem o impacto). Para quem está do lado fora, os automóveis são máquinas cada vez mais letais devido ao aumento criminoso de sua velocidade ao longo das décadas. E depois chamam isso de "acidente"...

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quarta-feira, junho 22, 2005

A religião do automóvel e a liturgia do divino motor

(texto de Eduardo Galeano / tradução livre (e meio porca) do original em espanhol)

Ao deus das quatro rodas acontece o mesmo que aos outros deuses: nascem a serviço das pessoas, mágicos conjuros contra o medo e a solidão, mas terminam invariavelmente colocando as pessoas ao seu serviço. A religião do automóvel, com o seu Vaticano nos Estados Unidos, põe o mundo em rodas.

Seis, seis, seis
A imagem do Paraíso é simples: cada norte-americano tem um automóvel e uma arma de fogo. Nos Estados Unidos concentra-se o maior número de automóveis e também o maior arsenal bélico, os dois principais negócios da economia nacional.

Em cada 6 dólares que gasta o cidadão médio norte-americano, um é destinado ao automóvel; de cada seis horas de vida, o mesmo cidadão reserva um hora para viajar de carro ou então a trabalhar para pagar seu veículo; e de cada 6 empregos existentes no "paraíso", um está direta ou indiretamente relacionado com a violência e as suas indústrias.

Quanto mais gente os automóveis e as armas assassinam, mais o Produto Interno Bruto cresce. Como bem escreve o investigador alemão Winfried Wolf: no nosso tempo, as forças produtivas se transformaram em forças destrutivas.

Talismãs contra a solidão ou convites ao crime? A venda de automóveis é simétrica com a venda de armas, e pode-se afirmar que ambas fazem parte de um todo. A cada ano os acidentes de trânsito matam e ferem mais americanos que todos os soldados norte-americanos mortos e feridos na guerra do Vietnam. A carta de motorista é o único documento necessário para que qualquer cidadão possa comprar uma metralhadora e com ela alvejar a vizinhança.

Nos Estados Unidos a carta de motorista faz as vezes de um documento de identidade. São os automóveis que outorgam identidade às pessoas.

Diz-me que carro tens e direi quem és e quanto vales. Esta civilização que adora os automóveis tem pânico da velhice; o automóvel, promessa da eterna juventude, é realmente o único "corpo" que se pode trocar.

A jaula
A este corpo de quatro rodas é destinada a maior parte de publicidade televisiva, a maior parte das horas de conversa e a maior parte do espaço das cidades. O automóvel dispõe de restaurantes, onde se alimenta de gasolina e óleo; ao seu serviço existem farmácias onde compra remédios, e não lhe faltam hospitais para diagnósticos e curas, quartos onde dorme e cemitérios onde morre.

Os automóveis prometem liberdade às pessoas (não por acaso as auto-estradas se chamam "freeways"), mas na realidade ele funciona como uma jaula móvel.

O tempo de trabalho humano se reduz pouco a pouco, mas em troca, a cada ano aumenta o tempo necessário para ir e vir do trabalho no trânsito caótico. Vive-se dentro dos automóveis e ele não te solta.

"Drive by shootting": sem sair do automóvel, a toda velocidade, se pode apertar o gatilho e disparar sem mirar, como é moda em Los Angeles. "Drive-thru teller", "drive in restaurant", "drive-in movies": sem saiir do automóvel é possível retirar dinheiro, comer hamburgers e ver filmes. A última novidade é a possibilidade de se casar sem sair do automóvel: é o "drive-marriage". Em Reno (Nevada), o automóvel entra por debaixo de arcos repletos de flores de plástico, por uma janela aparecem as testemunhas e por outra o padre, que abençoa e declara solenemente como marido e mulher os felizes passageiros. No fim da trajeto, uma funcionária entrega a certidão de casamento.

O automóvel, corpo renovável, tem sempre mais direitos que o corpo humano, condenado à decrepitude. Os Estados Unidos fizeram nos últimos anos uma guerra santa contra o tabaco. Não há publicidade de tabaco que não tenha advertências contra os malefícios para a saúde pública. Todavia, em nenhuma publicidade aos automóveis se adverte que os carros emitem muito substâncias tóxicas do que o cigarro. Ou seja, as pessoas não podem fumar, mas os automóveis podem.

(veja o texto na íntegra clicando aqui)

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terça-feira, junho 21, 2005

Sexta: mais uma vez nas ruas


Na próxima sexta-feira (24.jun) tem Bicicletada em São Paulo.
Como sempre na última sexta do mês, às 18h.
Ponto de encontro: Paulista X Consolação.

Veja os posts anteriores sobre o assunto:
abril: [1], [2] / maio: [3], [4], [5], [6]

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segunda-feira, junho 20, 2005

A idéia é carbonizar os monges


Na última sexta-feira (17.jun) os jornais trouxeram o anúncio de que a ameaça era verdadeira: alguns calçadões do centro serão realmente abertos para o fluxo de veículos. Saem as pessoas, entra a poluição, a fumaça, o barulho, os atropelamentos, a fila-dupla, os flanelinhas...

O primeiro calçadão a ser extinto será o da rua Florêncio de Abreu, ao lado do Mosteiro São Bento, cartão postal da cidade. Algo como transformar o Coliseu em estacionamento ou o a Muralha da China em autoestrada.

Segundo o sub-prefeito da Sé, Andrea Matarazzo, a idéia é "oxigenar um pouco as regiões onde você não tem acesso a prédios com vias de circulação local"... Matarazzo, apesar de bom em retórica, não foi bom aluno em química: confundiu oxigênio com monóxido de carbono, metano, enxofre, fuligem e outras substâncias letais. Oxigênio é tudo que deixa de existir quando um automóvel é ligado.

Uma pena que a Prefeitura acredite que "revitalização do centro" significa trazer pessoas com automóveis, quando a experiência mundial já comprovou exatamente o contrário: os automóveis degradam o patrimônio, estrangulam a vida e privatizam os espaços públicos.

Até São Paulo já passou por isso: na foto acima, a Praça da Sé durante a construção da Catedral. Quando a igreja ficou pronta, os administradores decidiram que era melhor remover os carros dali e deixar que a praça fosse ocupada pelas pessoas.

(veja o nosso arquivo ou utilize a busca para encontrar outras matérias sobre os calçadões)

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sexta-feira, junho 17, 2005

Afinal, quanto custa ter um carro?

:. texto: Inácio Guerberoff ("Na Estrada e ao Vento" - visite!)

Vejamos no meu caso, um cálculo mensal aproximado:
  • Parcela mensal: R$ 500,00
  • Seguro: R$ 2.500,00 por ano, R$ 208,00 por mês (é caro sim, mas era o mais barato. O Porto Seguro custava R$ 4.000,00. Não tenho vaga de garagem, o carro dorme na rua, tive um carro roubado recentemente e tenho 25 anos)
  • IPVA: R$ 600,00 por ano, R$ 50,00 por mês
  • Gasolina: um tanque por mês, uns R$ 80,00
  • Manutenção: tem sido baixa, mas vamos imaginar uns R$ 500,00 por ano (já que é carro novo), o que dá R$ 42,00 por mês
  • Estacionamentos: aqui em São Paulo esse item pesa. Primeiro, o flanelinha. Não adianta, TODAS as vagas têm um flanelinha. Saindo umas 5 vezes por semana, 1 real por cada vez, R$ 20,00 por mês de flanelinha. Mais uns estacionamentos à noite, mais uns R$ 30,00 reais por mês, por baixo. Total, R$ 50,00.
  • Lavagem: vamos ser econômicos: uma por mês, R$ 12,00

Devo ter esquecido de algumas coisas, mas podemos parar por aqui, já é o suficiente. Total? R$ 942,00 por mês. Ok, existe o fator "valor de revenda" do carro. Fazendo outro cálculo aproximado, utilizemos 8% de depreciação anual. Em 4 anos (período de pagamento do financiamento), o carro que valia à vista R$ 20.000,00 passa a valer cerca de R$ 14.300,00. Mas o valor que eu pago é R$ 3.000,00 + 48 x 500,00. Total: R$ 27.000,00. Ou seja, a cada R$ 500,00 que pago no carro, vou conseguir no máximo R$ 264,81 depois dos quatro anos do financiamento. R$ 235,19 são fundo perdido.

Em suma, o gasto mensal efetivo com o carro, supondo que você nunca vá batê-lo, tê-lo roubado ou qualquer outro imprevisto, é de R$ 706,81.

No meu caso, trabalho 44 horas por mês para ter um carro. E o pior: uso pouquíssimo. Durante a semana vou de bicicleta ao trabalho e a boa parte do meu lazer. Se for pensar em usar o carro principalmente nos finais de semana, ele está custando R$ 88,20 por dia. Dá pra ir e voltar do aeroporto de taxi todos os dias.

Meu intuito era aproveitar o carro para viajar. Ok. Com R$ 705,81 por mês posso ir e voltar ao Rio de avião (R$ 95,00 por trecho pela BRA, taxas inclusas) três vezes por mês ou ir a Maceió (R$ 349,00 por trecho na BRA) todo mês. Se quiser ir de ônibus então, nem se fala.

Não tem carona para sair no fim-de-semana? Tem R$ 88,00 pra torrar em taxi por dia. E pode aliar velocidade e conforto, se quiser: um taxi até o metrô e outro do metrô até o destino. No máximo uns R$ 30,00.

Isso tudo imaginando que você realmente vá gastar R$ 705,81 por mês com transporte. Não precisa mesmo. Sobra o suficiente para cinema todo fim-de-semana, shows, saidas em barzinhos...

É, acho que é bom rever conceitos...


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quinta-feira, junho 16, 2005

Para que servem os viadutos


(clique na imagem para ampliá-la)

Em São Paulo, viadutos, pontes e túneis têm apenas uma função: ligar um ponto de congestionamento a outro.

Na foto acima, o complexo viário chamado "Cebolinha", que liga o congestionamento da av. Ibirapuera ao congestionamento da 23 de maio.

Repare ainda no vendedor ambulante (de bermuda vermelha), que vende seus amendoins tranquilamente no meio de uma via expressa (sem semáforos) de alta velocidade. O relógio marcava apenas 16h30. Haja amendoim para entreter os elefantes enjaulados nas celas motorizadas às seis da tarde.

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quarta-feira, junho 15, 2005

Paraciclos em São Paulo - agora é lei. Já o ônibus...


Na última sexta-feira (10.jun), O prefeito José Serra promulgou a lei 13.995, que "dispõe sobre a criação de estacionamento de bicicletas" na cidade.

A lei obriga a criação de estacionamentos ou paraciclos em "locais de grande afluxo de público", como órgãos públicos, parques, shoppings, supermercados, instituições de ensino, igrejas, hospitais, bancos, museus, cinemas, teatros e indústrias, entre outros.

Segundo o artigo 5, o Executivo tem 60 dias para regulamentar a lei (estabelecer punições e prazos para a implementação). Resta torcer para que esta não seja mais uma lei que não é cumprida, seja por falta de regulamentação adequada, seja por falta de fiscalização.

[íntegra da lei no disco virtual] ou no [Diário Oficial do Município], edição de 11.jun, na seção "decretos"

Por enquanto, você pode consultar e contribuir com a nossa seção Bem-vindo, ciclista, um guia de locais antenados com o meio de transporte do futuro.

Arrume um emprego para pagar o ônibus
Já o Diário Oficial desta quarta-feira traz a notícia de que Serra vetou um projeto que garantia gratuidade no transporte para quem está desempregado. Além de aprovado pela Câmara, o projeto fazia parte do acordo e da propaganda de apoio do candidato Paulinho (PDT) a Serra no segundo turno. (leia a reportagem da Folha de São Paulo)

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segunda-feira, junho 13, 2005

Valdinho do fondue


(clique para ampliar)

Valdinho tinha um pequeno restaurante na zona sul de São Paulo. Com a chegada do frio, resolveu montar um rodízio de fondue. Ouviu dizer que propaganda é a alma do negócio e resolveu espalhar algumas faixas pelo bairro para divulgar a novidade.

Valdinho procurou Serginho, um velho amigo que trabalhava na subprefeitura responsável pela região, com medo que suas faixas fossem arrancadas pela limpeza urbana. O amigo lhe falou que era proibido colocar faixas em postes, por causa da tal "poluição visual".

Valdinho lembrou-se de Gerson (o do jeitinho) e evocou a velha amizade:
- Pô Serginho, sou eu, seu velho amigo...
- Olha Valdinho, tem uma opção: a Prefeitura tá fazendo campanha contra a dengue e nós temos uma graninha para fazer algumas faixas. Podemos anunciar o seu rodízio nessa campanha.
- Poxa, mas dengue não combina com fondue, sabe como é, pega mal, mosquito, queijo, carne... Não tem outra opção para o seu velho amigo aqui?
- Claro, meu irmão, vou ver o que posso fazer por você.
- Maravilha! E depois vem comer um fondue com a gente... Por conta da casa, claro.

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sexta-feira, junho 10, 2005

Em mutação

O site tá de cara nova, graças a ajuda do amigo Bruno Favaretto, que deu um belo tapa estético e organizou a bagunça desse emaranhado de letras. A versão ainda não é definitiva, alguns pequenos ajustes seguem em desenvolvimento. Sugestões: apocalipsemotorizado@gmail.com

Por hoje fica o link para uma matéria do Estadão: Natureza levaria 100 mil anos para reverter aquecimento.

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Lei 13.995 - estacionamentos para bicicletas

Lei Nº 13.995, De 10 De Junho De 2005
(Projeto de Lei nº 161/05, do Vereador Adolfo Quintas - PSDB)

Dispõe sobre a criação de estacionamento de bicicletas em locais abertos à freqüência de público e dá outras providências.

JOSÉ SERRA, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 11 de maio de 2005, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1º Fica estabelecida a obrigatoriedade de criação de estacionamentos para bicicletas em locais de grande afluxo de público, em todo Município de São Paulo.

Art. 2º Para fins desta lei entende-se como locais públicos de grande afluxo os seguinte estabelecimentos:

a) órgãos públicos municipais;
b) parques;
c) shopping centers;
d) supermercados;
e) instituições de ensinos públicos e privados;
f) agências bancárias;
g) igrejas e locais de cultos religiosos;
h) hospitais;
i) instalações desportivas;
j) museus e outros equipamentos de natureza culturais (teatro, cinemas, casas de cultura, etc.); e
k) indústrias.

Art. 3º A segurança dos ciclistas e dos pedestres deverá ser determinante para a definição do local na implantação do estacionamento de bicicletas.

Art. 4º Os estacionamentos de bicicletas poderão ser de dois tipos, a saber:

I - bicicletários - local destinado ao estacionamento de bicicletas, por período de longa duração, podendo ser público ou privado;
II - paraciclo - local em via pública, destinado ao estacionamento de bicicletas, por período de curta e média duração.

Art. 5º O Executivo regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias.

Art. 6º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 7º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO
DE SÃO PAULO, aos 10 de junho de 2005, 452º da fundação de São Paulo.
JOSÉ SERRA, PREFEITO
FREDERICO VICTOR MOREIRA BUSSINGER, Secretário Municipal de Transportes
WALTER MEYER FELDMAN, Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras
FRANCISCO VIDAL LUNA, Secretário Municipal de Planejamento
Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 10 de junho de 2005.
ALOYSIO NUNES FERREIRA FILHO, Secretário do Governo Municipal


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quinta-feira, junho 09, 2005

Vai de bike pra Daslu


(foto: Olga Vlahou, revista Carta Capital)

No último sábado foi inaugurada a nova loja Dalsu, às margens do esgoto conhecido como Rio Pinheiros. A Daslu é um shopping de 20 mil metros quadrados com 120 grifes internacionais, feita especialmente para aquela parcela dos paulistanos que acredita viver no principado de Mônaco.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, 15 garçons que trabalharam na festa de inauguração teriam sido vítimas de intoxicação alimentar por causa da comida servida. Claro que não era a comida dos convidados, mas sim arroz, feijão, carne e farofa servidos para aquela porção dos paulistanos que habita Serra Leoa e trabalha como serviçal dos bem-nascidos.

Compre um helicóptero, seu pobretão
Na foto acima, Eliana Tranchesi, a dona do império. Ao fundo, o meio de transporte favorito de seus clientes. São Paulo tem a terceira maior frota de helicópteros do mundo (só perde para Tókio e Nova Iorque). Fina ironia para a terra que tem também um dos maiores índices de congestionamento do mundo e o menor índice de ocupação de veículos do país (1,2 pessoas por automóvel).

Se, no passado, o sonho de consumo dos ricos e emergentes era um automóvel importado, hoje o fetiche dos endinheirados é o helicóptero. Assim eles não precisam conviver com os problemas (e, principamente, com as pessoas) de uma cidade destruída, nem perder horas no trânsito caótico da metrópole. Pelo menos até algum paulistano de Serra Leoa enfiar o revolver na cabeça do grã-fino e gritar a célebre frase "é um assalto".

Para os pobres que ainda insistem em andar de automóvel, a loja cobrará a bagatela de R$30,00 pela primeira hora de estacionamento. A Daslu desmentiu ainda o boato de que será proibido entrar a pé no estabelecimento. Vai para o céu o grã-fino que se aventurar pelas calçadas ao lado das águas fétidas e do mar de carros esfumaçantes e barulhentos da Marginal Pinheiros.

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quarta-feira, junho 08, 2005

Cooperativa de bicicletas em São Paulo


(foto: João Campos)

No último sábado (04.jun) aconteceu a primeira oficina de Cooperativa de Bicicletas de sampa. Reunidos no Parque do Ibirapuera, ciclistas consertaram e ajustaram seus veículos de forma colaborativa e gratuita.

A idéia da Cooperativa é criar um espaço coletivo e equipado com ferramentas para o aprendizado e exercício da mecânica de bicicletas. A troca livre de conhecimento e técnicas é ideal para um veículo cuja mecânica é bastante simples.

Veja o relato completo (com fotos) clicando aqui.

Para se cadastrar na lista de discussão, visite: http://lists.riseup.net/www/info/coopbike

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terça-feira, junho 07, 2005

Protestos contra aumento de ônibus em Florianópolis


Em São Paulo, uma das primeiras atitudes do prefeito José Serra (PSDB) ao assumir o cargo foi aumentar a tarifa de ônibus. Meses antes, durante a campanha eleitoral, ele afirmou que não aumentaria e ainda realizaria a integração com tarifa única entre ônibus e metrô. Promessas perdidas no esquecimento eleitoral... Troféu Pinóquio pra ele.

A população paulistana saiu às ruas, mas as manifestações foram pequenas, atrapalharam pouco o trânsito e o tucano não voltou atrás.

Em Florianópolis (SC) a tarifa também foi reajustada em 30 de maio. O prefeito Dário Berger, tucano como Serra, fez o mesmo que o colega paulistano: botou a culpa na administração anterior e lavou as mãos.

Só que lá a população foi às ruas em massa. Desde a semana passada, milhares de pessoas têm ocupado as ruas para protestar contra a tarifa, que está entre as mais caras do Brasil. Como em toda grande manifestação popular, a polícia age com um rigor muito maior do que no combate ao crime. Bombas, prisões, ferimentos, policiais sem identificação, quebra-quebra e um grande "cala a boca" na reivindicação popular.

O Centro de Mídia Independente está fazendo uma bela cobertura das manifestações, com fotos vídeos e textos. Veja as notícias de 04.jun ou de 08.jun. Visite e informe-se!

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segunda-feira, junho 06, 2005

São Pedro, diga 33


(fotos: André Maleronka) (clique para ampliar)

Na última sexta-feira (03/06) a 33a Bicicletada deu um olé nas águas de Maio.

Começamos com 15 ciclistas na concentração. Até o fim da ciclopasseata outros 3 passantes não resistiram e se juntaram ao grupo.

Pedalamos pela segunda faixa da Av. Paulista (a primeira é para os ônibus), levando nossa mensagem e um pouco de alívio a uma região estressada da Babilônia.



Parada estratégica na esquina da Brigadeiro Luiz Antônio.




Para falar com os que vivem na ilusão estressante da velocidade, acelerando e freando na ânsia do congestionamento, sinais que eles compreendem.

Nos incontáveis sinais fechados, mais de 600 panfletos foram distribuídos.

Com sorrisos e placas, tiramos alguns motoristas da solidão e do tédio. Esperamos que eles se lembrem dessa sensação de liberdade ao encontrar um ciclista nas ruas.






Sinal fechado, festa na faixa!

Quando o sinal abriu, algum pobre impaciente arrancou agressivamente com seu automóvel e gritou qualquer palavrão. Atrapalhávamos em 10 segundos a sua ida até a o próximo ponto de congestionamento, 100 metros ali na frente.

O motorista chegou em casa cansado do trânsito, tomou um banho e ligou a televisão para esquecer o tédio da última hora e meia de sua vida. Nós seguimos a pedalada e fomos tomar um lanche para celebrar a vida, os novos e os velhos amigos, a bicicleta e a bela noite de outono.

veja outro excelente relato e outras fotos aqui

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domingo, junho 05, 2005

Beber, correr, matar e morrer


(clique para ampliar)

Madrugada de sábado para domingo: máquinas velozes e furiosas cruzam a cidade. A velocidade atrapalha ainda mais os reflexos já entorpecidos e o resultado não poderia ser diferente.

Ônibus? Metrô? Só até a meia noite. Afinal, diversão é um luxo para quem tem carro ou muito dinheiro para gastar com uma corrida de taxi.


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sexta-feira, junho 03, 2005

É hoje!


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quarta-feira, junho 01, 2005

Não tenho, nem quero ter



A cretinice desta propaganda começa pelo nome do carro: Fiat Stillo.

O modelo é dedicado ao automobilista Michael Shumacher, indução perigosa ao excesso de velocidade (maior responsável pelos acidentes fatais).

A propaganda segue com o hábito colonizado de quem não sabe ler nem escrever em seu próprio idioma, mas adora colocar uma palavra em inglês para dar um toque de Primeiro Mundo ao seu analfabetismo: Fiat Stillo Schumacher "Season" (temporada) 2005.

O "gran finale" fica por conta do slogan: "Fiat Stillo: ou você tem, ou você não tem".

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