segunda-feira, julho 31, 2006

Revitalização da Praça do Ciclista na 46a Bicicletada


(fotos: Eduardo Bernhardt - transporte ativo - recicloteca // gira - integração sem posse)

Sexta-feira, 18h, trânsito leve depois da semana mais poluída do ano na capital.

Além dos participantes paulistanos, a 46a Bicicletada de São Paulo teve a ilustre presença de dois cariocas da Transporte Ativo, que nos ajudaram na atividade de "revitalização" da Praça do Ciclista.

A Praça do Ciclista é um gramado que serve de base para uma estátua doada pelo governo venezuelano em 1978. Apenas um banco para sentar, muita fuligem no chão, um mastro sem bandeira e nenhuma cesta de lixo.

O espaço no canteiro central da avenida Paulista, ponto de encontro das Bicicletadas, foi batizado em fevereiro de 2006, durante a 41a Bicicletada. Na metade de julho, as placas desapareceram. Decidimos recolocá-las.

Depois da atividade, conversa, panfletagem, troca de experiências, chimarrão e uma pedalada para celebrar a locomoção sustentável na capital.

Vídeos:
[46a Bicicletada de SP no YouTube]
[46a Bicicletada de SP no GoogleVideo]
[46a Bicicletada para download no archive.org] <-- also with english subs
[Panfletagem - Transporte Ativo]
[41a Bicicletada - festa de inauguração da Praça do Ciclista]

ENGLISH:
[46th Critical Mass video - with english subtitles]


























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sábado, julho 29, 2006

Transporte público desvalorizado até 2007

Esta cidade é lamentável:

"Até abril do próximo ano, automóveis particulares poderão continuar circulando pelos corredores de ônibus nos finais de semana e os taxis, sempre que estiverem com passageiros, todos os dias." [do site da Prefeitura].

Fica assim desprezada mais uma vez a locomoção de 70% dos paulistanos, que não possui automóvel, para beneficiar os 30% que entopem as ruas sozinhos dentro de máquinas poluentes de duas toneladas. Em recente pesquisa realizada pela ANTP, 91% dos passageiros dos ônibus disseram que o principal problema dos coletivos é que eles ficam parados no trânsito.

Os corredores exclusivos tenderiam a aliviar este problema, valorizando o transporte público e estimulando a locomoção sustentável. Mas "para melhorar a distribuição do fluxo de veículos na cidade de São Paulo", fode-se a vida de quem não tem carro, inclusive aos finais de semana.

O carro ocupa espaço, exige incansavelmente ruas, avenidas, estacionamentos... Espaço, muito espaço...

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quinta-feira, julho 27, 2006

46a Bicicletada de SP - sexta (28-07)

Morte ao respirar



Na semana que teve o dia mais quente de todos os invernos e, certamente, o maior número de internações e mortes por causa da poluição, acontece a conferência internacional "Ar limpo para a América Latina".

Em poucas palavras, a conferência promovida pelo Banco Mundial discute a vinda de dinheiro do norte ("a mão que dá") para que nós do sul ("a mão pedinte") amenizemos o nosso "em desenvolvimento".

Enquanto isso, apenas 16 dias sem chuva no inverno deixaram a capital com as piores condições atmosféricas do ano. Apenas 17% de umidade do ar e condições "inadequadas" segundo a medição de poluição da CETESB.

Segundo matéria da Folha (para assinantes), o ar seco em São Paulo é muito pior do que a tradicional estiagem de Brasília. "Tudo porque a poluição causada pela frota de mais de 5 milhões de carros agrava ainda mais os problemas de saúde causados pelo clima seco."

Dores de cabeça, tosse, catarro, alergias, tontura, dificuldade para respirar e agravamento de doenças respiratórias; essas são as consequências perceptíveis. O quadro é mais grave em crianças e idosos. Segundo pesquisas do professor Paulo Saldiva, 10 a 12 pessoas morrem todos os dias na capital vítimas da poluição.

No interior do Estado, as queimadas para o plantio da cana de açúcar (aquela que gera o "limpo" álcool combustível) tornaram a vida dos habitantes ainda pior: a umidade do ar chegou a 12% em Ribeirão Preto (o recomendado é de 30%).

Mas a cidade parece não estar nem aí: as condições atmosféricas críticas continuam a ser atribuídas pela mídia a fenômenos climáticos. A Folha de São Paulo, por exemplo, chega a dizer categoricamente "O problema ocorre principalmente devido à estiagem".

A seca no inverno é normal desde que Padre Anchieta chegou nestas terras. O que não é normal, e, portanto, causa o problema, é a poluição gerada pela queima de combustíveis. Anormal também é que apenas 30% da população possua automóveis e que as máquinas queimadoras de duas toneladas circulem nas ruas com apenas uma pessoa dentro. Mais anormal ainda é o silêncio escandaloso da sociedade, da mídia e do poder público.

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Penas menores para assassinos motorizados

O presidente Lula sancionou uma alteração ao código de trânsito que torna mais brandas as punições por excesso de velocidade.

Nas rodovias paulistas, por exemplo, onde o limite é de 120km/h, o idiota motorizado só estará cometendo uma infração gravíssima (passível de suspensão da carteira) se estiver a mais de 180km/h.

O excesso de velocidade é a maior causa de acidentes no país.

[notícia do Estado de S.Paulo]

[notícia da Folha - só para assinantes]

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segunda-feira, julho 24, 2006

As idéias do Pró-Ciclista para São Paulo



Pela primeira vez sofri diretamente as consequências da poluição em São Paulo. Voltei pedalando do "seminário técnico" que apresentou os planos da Prefeitura para a locomoção por bicicletas em São Paulo na última sexta-feira.

A subida de alguns quarteirões na alameda Campinas em plena hora do rush provocou alergia, que depois virou gripe com muita tosse e falta de ar durante o final de semana.

Andar de bicicleta em São Paulo é perigoso e às vezes pouco saudável.

Durante o seminário de sexta, o secretário Eduardo Jorge (SVMA) relatou uma medição informal da poluição que ele e o professor Paulo Saldiva fizeram na capital: mesmo em época de férias na fila dupla das escolas, os índices de partículas poluentes pequenas estavam bem acima do limite saudável. Estas partículas provocam câncer e doenças respiratórias graves.

A ironia, relatou o secretário, é que os índices de poluição verificados no interior dos veículos são maiores do que do lado de fora. Mas subir pedalando em uma rua congestionada como a Campinas não deve fazer bem para a saúde de ninguém.



A cidade vive dias de calamidade: no mapa de qualidade do ar da CETESB, todas as regiões (exceto a Moóca) apresentavam o alerta amarelo, de "regular", na manhã de segunda.

A Globo informou agora a noite que hoje foi o dia mais quente de todos os invernos, com 30,2 graus. Depois apresentou uma matéria sobre a estiagem mais grave dos últimos 70 anos nas Cataratas do Iguaçu e reportagens sobre a invasão do Líbano. Na record, de relance, vejo a chamada de um programa telejornalístico especial: "será o fim do mundo?"...



Mas o assunto era o seminário de sexta-feira... Além de Eduardo Jorge, outros servidores públicos (CET, SPTrans e SVMA) mostraram as iniciativas do executivo municipal para promover o uso de bicicletas na cidade.

O secretário dos transportes, Frederico Bussinger, que estava anunciado na programação, não compareceu. Eduardo Jorge foi o primeiro a falar, mas deixou a sala antes das perguntas. A coordenadora do Pró-Ciclista, Laura Ceneviva, ficou responsável pelas respostas.

O plano apresentado propõe que sejam executados "melhoramentos cicloviários" em algumas regiões periféricas da cidade como os bairros de Parelheiros, Vila Sônia, Cidade Tiradentes. Periféricas em relação aos limites do chamado "centro expandido", ou seja, da área entre as marginais dos rios Pinheiros e Tietê.

As iniciativas mais adiantadas contam com verbas e participação das subprefeituras e da população.



"O cidadão que mora em Parelheiros e vem ao centro usando o Bilhete Único só chega até Santo Amaro por causa do limite de tempo para a integração. Com a bicicleta incorporada ao deslocamento, ele consegue chegar até o seu destino pagando uma só tarifa". São apenas 2h30 de percurso, que somados à volta para casa, consomem do cidadão R$4,20 e 5 horas por dia.

Nada mais legítimo do que a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente colaborar com a cidade e com os habitantes criando ou estimulando condições para o uso da bicicleta.

É necessário articular outros setores do poder público e da sociedade para que seja possível rever também as outras 2h que o sujeito gasta dentro de um ônibus. É necessário rever a lógica da cidade espalhada e especulada, dos bairros Jardins do "centro expandido" contra as ruas sem árvores da periferia.

É necessário propor alternativas ao espaço perdido para as piscinas e áreas de lazer privadas, para as vagas de estacionamento nas ruas, para os bosques cercados, shoppings centers, spas particulares ou para a simples circulação de 30% da população que possui automóvel.

O uso excessivo do automóvel particular é um um problema urbano, econômico e social, reflexo de um modo de vida destrutivo e insustentável. As bicicletas são uma arma importante na construção de cidades mais agradáveis, dinâmicas, plurais e democráticas.

A possibilidade da locomoção sustentada na própria energia para alguns deslocamentos do dia reverte a lógica da descartabilidade consumista, que resulta em morte e degradação; seja entre as 10 vítimas diárias da poluição na capital, nas guerras por petróleo ou por causa das queimadas para plantar cana de açúcar.

Além disso, as demandas estudadas partiram das discussões de um fórum de participação popular: as reuniões sobre os planos diretores regionais.

A população que participa geralmente reivindica coisas menos nobres do que melhoramentos cicloviários, tais como a retirada de árvores que atrapalham a entrada de garagens, "mais segurança", mudanças de zoneamento, fechamento ou mudança de mãos em ruas para evitar efeitos do trânsito como poluição, barulho e insegurança.



As sugestões do "Pró-ciclista" estão divididas em dois cronogramas: 2006 e 2012. Para o final deste ano, o projeto é prevê "melhoramentos" estimados em R$10 milhões, que devem incluir 100km de pistas em alguns bairros "além das marginais". Também está prevista a instalação de paraciclos em todos os parques da capital e a definição de um modelo técnico a ser adotado em futuras licitações ou no incentivo às iniciativas privadas para estacionamento de bicicletas.

Mas existe um longo trâmite político que pode barrar a execução das idéias do grupo consultivo da prefeitura: o contingenciamento de verbas, a suspensão por algum outro órgão ou autarquia, uma decisão judicial ou política...

A lei 13.995, por exemplo, que previa bicicletários em todos os estabelecimentos com grande movimento de pessoas não será regulamentada e deve passar por uma reedição. Proposta por um vereador do PSDB, aprovada pela Câmara e promulgada pelo prefeito Serra, ela já é considerada nula e problemática por causa de defeitos jurídicos elementares (como a não imputação de penas).

A articulação e a discussão de políticas públicas sustentáveis não é fácil em São Paulo. Segundo o secretário Eduardo Jorge, três fatores impedem a mudança: o conservadorismo, a conivência da sociedade e a covardia política de não enfrentar os 30% da população que possui automóvel (além, é claro, de algumas pequenas corporações como Shell, General Motors ou Petrobrás).

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sexta-feira, julho 21, 2006

As quatro rodas do Laerte


(Laerte na FSP)

Acredita-se que a falta de uso provoca atrofia dos órgãos e conseqüente desaparecimento dos mesmos ao longo da evolução das espécies.

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quinta-feira, julho 20, 2006

Debates e palestras sobre mobilidade em São Paulo

Amanhã (sexta, 21) tem palestra e debate sobre bicicleta como meio de transporte em São Paulo dentro da Missão Locomotives 2006.

No sábado (22) tem reunião do Fórum Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta.

Os dois encontros acontecem na Biblioteca Anne Frank (r. Cojubá, 45, Itaim) e as inscrições podem ser feitas no local.

Confira [aqui] a programação completa da Missão Locomotives em São Paulo e Florianópolis.

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Na segunda-feira (24) o ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa participa de um debate sobre requalificação dos centros urbanos, promovido pelo ITDP.

Além de Peñalosa, participam Tim Tompkins (Presidente da Times Square Alliance de Nova Iorque) e David Sim (Associado de Jan Gehl Architects, da Dinamarca).

O debate de segunda acontece no auditório da Prefeitura (viaduto do Chá, 15, 7o andar), das 8h30 às 13h.

Inscrições pelo telefone (11) 3113-8514.

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quarta-feira, julho 19, 2006

Terrorismo de Estado

Sociedade do Automóvel no Google Video



Graças ao colega Roney Belhassof o vídeo Sociedade do Automóvel também está disponível no Google Video (para download e em streaming). Clique aqui para assistí-lo.

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1a Massa Crítica de Lego

terça-feira, julho 18, 2006

Liberte-se. Vá de metrô.



"Liberte-se. Vá de metrô", diz a campanha do metrô de Los Angeles (EUA).

Por lá, ao contrário do irmão paulistano, as bicicletas são muito bem-vindas dentro dos vagões.

As opções tarifa também são mais diversificadas: por US$3,00 o cidadão de Los Angeles tem direito de utilizar as 200 linhas de ônibus e os 117 kilômetros de trilhos durante o dia inteiro. Se preferir, o usuário também pode comprar bilhetes mensais, com desconto.

Em São Paulo, a integração-meia-boca só permite viagens no período de duas horas e limita o uso dos trens a apenas uma viagem. Isso para não falar na recente extinção do "múltiplo de 10", que estimulava o uso do transporte público ao fornecer desconto aos usuários.

A comparação entre os sites do transporte metropolitano de Los Angeles e da SPTrans também é ridícula (tente, por exemplo, consultar um itinerário de ônibus no site paulistano...).

Além da campanha publicitária acima, o metrô californiano também estimula a carona e a integração automóvel-transporte público. Por aqui, a única campanha de estímulo ao uso do metrô é de caráter turístico, nos finais de semana.

É triste ver que até Los Angeles, a cidade mais dependente do automóvel no mundo, parece valorizar mais o seu transporte público do que a subdesenvolvida capital paulista.

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segunda-feira, julho 17, 2006

Conhece-te a ti mesmo, ó especulador motorizado


(dica: gira)

Grafiti no muro que restou da Mansão Matarazzo (av. Paulista), sabotada e demolida na decada de 80 pela especulação imobiliária. No terreno funciona hoje um imenso estacionamento.

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sábado, julho 15, 2006

cicloativismo(s) em vídeo



We interrupt this empire (em inglês, 52 min, vários formatos)
situa de passagem a massa crítica de São Francisco nas manifestações contra a invasão do Iraque em 2003. Belíssimo e completo filme sobre guerra, mídia e resistência na era da quarta guerra mundial.



El escarabejo verde (em espanhol, 23 min, wmv)
produzido pela TVE espanhola (aquela que foi sumariamente limada pela NET/Globo de sua grade de programação), "El escarebejo verde" mostra ativistas atuando pela mobilidade humana no contexto europeu.

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A Transporte Ativo agora tem um grupo no YouTube. Por enquanto, sete vídeos integram o catálogo virtual.

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quinta-feira, julho 13, 2006

Encontros, conferências e seminários

Dois seminários técnicos, um curso, uma conferência, algumas pedaladas e uma reunião nacional de cicloativistas fazem parte do programa Locomotives 2006, que acontece na segunda quinzena de julho em São Paulo e Florianópolis.


FLORIANÓPOLIS

17 de julho

Seminário Técnico:
A Sociedade Civil e o Poder Público juntos a favor da Bicicleta

Local: Auditório do DEINFRA (r. Tenente Silveira, 162 – Centro)
INSCRIÇÕES GRATUITAS NO LOCAL

13:30h Recepção dos participantes

14:00h Abertura do evento

14:30h Palestra: O programa “Bicycle Partnership Program - BPP” e os caminhos para a viabilização de projetos e obras para o uso da bicicleta como meio de transporte.
- Arq. Jaap Rijnsburger, fundador e diretor da Interface for Cycling Expertise – I-ce

15:15h Intervalo

15:30h Palestra: Políticas e Infra-estrutura Cicloviária: pesquisas, projetos, integração modal.
-Eng. Jeroen Buis - I-ce - experto em planejamento cicloviário

16:15h Debates

17:00h Encerramento


de 18 a 20 de julho

Curso de aprimoramento profissional:
Qualificação dos Espaços para Ciclistas e Pedestres

Local Hotel Porto da Ilha - Rua Dom Jaime Câmara, 43 - Centro - Florianópolis
Público-alvo: técnicos de municípios da Região Sul do País
INSCRIÇÕES (35 vagas): ciclobrasil@udesc.br / tel.: (48) 3348.0423 ou 3244.2324 ramal 236.

Abordagem teórica, desenho de redes, Perfil de Vias, Estudos de Interseções, Estacionamentos, Rotas cicláveis, Sinalização, Apresentação de práticas e estudo de caso.

Visita técnica no dia 19 de julho:
- Pedalada no Centro de Florianópolis (visitas às ciclovias)
- Praia dos Ingleses (obras da ciclovia e área escolar)
- Praia de Canasvieiras (bicicletário do Terminal Integrado de Canasvieiras).
- Ministrantes: arq. Augusto Valiengo Valeri – SeMOB/MC, arq. Jaap Rijnsburger - I-ce, eng. Jeroen Buis – I-ce e arq. Antonio Carlos de Mattos Miranda – consultor.


SÃO PAULO

21 de julho, sexta-feira

Seminário Técnico:
A Sociedade Civil e o Poder Público juntos a favor da Bicicleta

Local: Biblioteca Anne Frank - Rua Cojubá, 45 - Itaim Bibi
INSCRIÇÕES GRATUITAS NO LOCAL

13h Recepção dos participantes

14h Abertura do evento

14:15h Palestra: Apresentação dos projetos cicloviários de São Paulo
- Secretário Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho (SVMA)
- Laura Lúcia Ceneviva (coordenadora do Pró-Ciclista - Grupo Executivo da PMSP para Melhoramentos Cicloviários).

15h Painel: O Poder Público e sua relação com o ciclo-ativismo
- Secretário Frederico Bussinger (SMT)
- Stela Goldenstein (SVMA)

15:45h Intervalo/café

16h O cicloativismo na Holanda e Europa.
- Jaap Rijnsburger, ex-presidente da União de Ciclistas da Holanda

16:45h Debates

18h Encerramento


22 de julho, sábado

Reunião do Fórum Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta
Local Biblioteca Anne Frank - Rua Cojubá, 45 - Itaim Bibi

das 9h às 18h
Grupos de trabalho, Oficinas, Elaboração do documento-base do Fórum Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta.

19h Pedalada


23 de julho, domingo

10h Pedalada
(concentração a partir das 9h na praça dos Omaguás, 34- Pinheiros (em frente a FNAC))


de 25 a 27 de julho

Conferência bianual "Ar limpo para a América Latina (CAI-LAC)"
Local: Palácio das Convenções do Anhembi
INSCRIÇÕES: www.cleanairnet.org/saopaulo

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INFORMAÇÕES:
Florianópolis – Grupo CicloBrasil UDESC - www.udesc.br/ciclo - tel.: (48) 3348.0423 ou 3244.2324 ramal 236 - (48) 9101.1783 – ciclobrasil@udesc.br

São Paulo – Escola de Bicicleta - www.escoladebicicleta.com.br -tel.: (11) 9248.8747

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Pôr-do-sol em julho


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quarta-feira, julho 12, 2006

Pedestres valorizam a cidade

"Com o aumento da movimentação de pedestres, os imóveis comerciais podem até dobrar de preço", Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), em matéria sobre a rua da Consolação no Estado de São Paulo de hoje.

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Estatísticas

Algumas estatísticas interessantes do Worldwatch:
(dica: gus)

- pessoas/hora transportadas em um metro de rua (por modo de transporte):
carro - 170
Bicicleta - 1,500
ônibus - 2,700
pedestres - 3,600
trem/metrô - 4,000

-energia usada por passageiro a cada milha (em calorias):
carro - 1,860
ônibus - 920
trem - 885
à pé - 100
bicicleta - 35

- bicicletas por 1000 pessoas (metade dos anos 90):
EUA - 385
Alemanha - 588
Holanda - 1,000

- Porcentagem das viagens de bicicleta no total de viagens (1995):
EUA - 1
Alemanha - 12
Holanda - 28

- porcentagem de adultos obesos (2003):
EUA - 30.6
Alemanha - 12.9
Holanda - 10.0

- Percentual do PIB gasto com saúde (2002)
EUA - 14.6
Alemanha - 10.9
Holanda - 8.8

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terça-feira, julho 11, 2006

Bicicletadas de junho em Seattle e Toronto


(foto: The Stranger/ dica: Jym Dyer)

O "estado de exceção" em vigor nos EUA desde 2001 tem como alvo também o movimento de "massa crítica" no país. Em Nova Iorque, centenas de ciclistas já foram presos.

Na última sexta-feira de junho foi a vez de Seattle. Dois policiais à paisana (que dirigiam a van marrom que aparece na foto) prenderam dois ciclistas que participavam da Bicicletada local.

[notícia], [fotos], [site da massa crítica de Seattle]


(foto: Victor Gedris)

Em Toronto (Canadá) a bicicletada de junho foi bem mais tranquila...

[fotos de Victor Gedris], [fotos de Roger Moore]

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segunda-feira, julho 10, 2006

Guia para o Dia Sem Carro e "A religião do automóvel"


(ilustração: Gina Tolentino)

Está no disco virtual (seção "panfletos - outras cidades") um "guia de bolso" que foi distribuído em Seattle durante o Dia Sem Carro de 2002. O material foi produzido pela think small, cujo site vale a pena visitar.

O guia traz dicas para os carro-dependentes, fala dos benfícios do uso da bicicleta, informa sites onde é possível encontrar os itinerários do transporte público, estimula a carona e apresenta rotas seguras para ciclistas, entre outras informações.

Também no disco virtual (seção textos) "A religião do automóvel", texto escrito pelo urugaio Eduardo Galeano.

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sexta-feira, julho 07, 2006



Com a fotomontagem acima, céu azul e um carrinho infantil e sorridente na frente da Prefeitura começa o guia "cultural" do Estadão da última sexta-feira (30).

"Você pode falar o que for. Que o metrô é o melhor meio de transporte (e é), que falta melhorar a estrutura de ônibus, recuperar as linhas de trem.... Mas paulistanos têm um traço de personalidade que é difícil mudar: adoram carro. Eles provocam engarrafamentos, poluem, mas, fazer o que? Por isso, é batata que os cinemas da cidade, assim como as grandes avenidas, vão ficar congestionados de gente querendo ver Carros" é o texto de abertura.



Entre as diversas páginas dedicadas ao filme, duas mostram um passeio cujo título pode provocar náuseas: "sem sair do carro".

Deve ser realmente uma delícia fazer esse passeio no por-do-sol de uma sexta-feira.

Nas fotos, ângulos fechados e nenhum carro por perto. Nada de poluição no céu.

"No futuro, os carros andarão sozinhos. Os vidros serão 100% escuros e do lado de dentro, projeções de cidades belíssimas" poderia ter dito uma das crianças da Fiat depois de ler a matéria.

Tá certo, é apenas um guia de final de semana...



O caderno de cultura do jornal também dava várias páginas ao filme. Na capa, abaixo dos alegres carros em alta velocidade, um anúncio de meia página do brinquedo de adulto, aquele que mata, polui, congestiona, desperdiça combustível, afasta do contato humano, degrada a cidade, atrapalha os ônibus...

E como blockbuster é blockbuster: álbuns de figurinha já estão nas bancas, o McLanche Feliz traz como brinde os carrinhos-personagens (alguns já estão esgotados!), milhares de produtos e imagens movimentam muito dinheiro e os impulsos dos "paulistanos" ao redor do mundo: "é o filme número 1 da América!".

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quinta-feira, julho 06, 2006

bicicletada e apocalipse na Trip

Matéria sobre a bicicletada paulistana na seção Ecotrip, com foto da transmissão ao vivo da última edição, feita pelo :.apocalipse motorizado.

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NY, 1960

"O automóvel não apenas dominou as ruas, ele dissolveu o tecido vivo da cidade. Seu apetite por espaço é absolutamente insaciável; em movimento ou parado, ele devora território urbano, reduzindo os prédios à ilhas habitáveis no mar do perigoso e feio trânsito"

(James Marston Fitch, New York Times, 1 maio de 1960
)

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Para quem entende inglês, está no disco virtual (seção textos) o artigo "Banning cars from Manhattan", de Paul e Percival Goodman, escrito em 1961. No texto, os autores defendem a dura restrição aos veículos particulares. Várias idéias interessantes como: "por que os taxis que circulam na cidade têm que ser o mesmo tipo de veículo que leva uma família para viajar numa via expressa?".

Em breve, uma versão traduzida para o português.

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quarta-feira, julho 05, 2006

E agora, as prestações


(outdores na av. Bernardino de Campos vazia no dia de Brasil X Gana)

Compre e você será o melhor do mundo!

Compre facilitado e pague até depois do produto se tornar obsoleto ou imprestável!

Se for um carro, melhor ainda: antes do final das prestações voce terá gasto o valor de um novo em manutenção e combustível não-renovável. E ainda leva de brinde 15 dias por ano dentro do carro, parado no trânsito, com os vidros fechados, respirando fumaça encanada e estressado com as contas a pagar.




Coloque seu dinheiro no banco para pagar as prestações, pague juros e taxas e receba como cortesia o tratamento de suspeito ao entrar. Se der sorte e conversar com um estelionatário corporativo na rua ou ao telefone, ainda tem a chance de receber um cartão de dívida que você nunca desejou.

Os garotos-propaganda da moderna escravidão perderam em campo:
E agora, Galvão? Como eu pago a prestação daquela nova televisão?

Nova televisão? Mas o governo não anunciou dois dias antes ([1], [2]) do jogo fatal que tudo segue igual, que o monopólio continua e a programação fica a mesma merda?



Na semana da derrota que deixou muitas prestações de TVs de plasma e nenhum motivo para o circo ufanista, a Petrobrás também hasteou a bandeira nacional.

Pra frente Brasil! O petróleo é nosso!

Somos auto-suficientes, ou seja, podemos acabar com o nosso petróleo sozinhos, queimando diariamente em veículos de duas toneladas que transportam uma pessoa ou nos esbaldando em embalagens de plástico!

E não é que o prédio da Petrobrás também é cenário de novela da empresa do Galvão?

Será que lá no alto do prédio o nosso estandarte dizia "salve a seleção" para quem passava de helicóptero?

Ou será que agradecia ao governo por manter o oligopólio da televisão?

Uma coisa é fato: cidade vazia como na copa só daqui a quatro anos, quando também haverá uma outra eleição. Tudo transmitido ao vivo pela televisão.

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terça-feira, julho 04, 2006

Um SUV para o mundo real


(foto: Green Hummer Project / dica: Bruno Favaretto)

"Na propaganda, as cidades não têm vida, os carros são seguros, os motoristas são felizes, a gasolina é limpa e você não é responsável pelo trânsito, pela poluição, pela sua obesidade, pela destruição das paisagens ou pela guerra."

"O nosso SUV é para o mundo real"

[Green Hummer Project]

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sábado, julho 01, 2006

ces´t fini


Elevado Costa e Silva ("Minhocão") 16h20


rua Santa Ifigênia
(que poderia ter o estacionamento proibido e virar um belo calçadão)



Cessem as buzinas; cornetas e bandeiras ao lixo!

Ruas desertas só daqui a quatro anos;

bandeira do Brasil enfeitando o carro também.

Carreatas não tem mais razão, pelo menos até o dia da eleição.

Camelôs, preparem-se: a tolerância do rapa acabou.

Pirata só camisa da Seleção; DVD não pode não.

também:
["Não é o fim do mundo" - Galvão Bueno]
[intervenções urbanas em recife durante o jogo]

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