Nesta quinta-feira (21), a partir das 10h da manhã, acontece uma audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo para a apresentação do Dossiê de Violações de Direitos Humanos no Centro de São Paulo.
A publicação, realizada pelo Fórum Centro Vivo, é resultado da articulação de diversos movimentos, grupos, entidades e indivíduos preocupados com os rumos da cidade.
Um dos ítens do Dossiê trata da política de restrição à circulação de pedestres e do incentivo ao uso de automóveis com o fechamento de diversos calçadões na região central.
A publicação, realizada pelo Fórum Centro Vivo, é resultado da articulação de diversos movimentos, grupos, entidades e indivíduos preocupados com os rumos da cidade.
Um dos ítens do Dossiê trata da política de restrição à circulação de pedestres e do incentivo ao uso de automóveis com o fechamento de diversos calçadões na região central.
A imagem acima é de 2004. Em laranja, as áreas livres de carros no centro, locais onde pedestres, ciclistas e cadeirantes podiam circular e conviver sem se procupar com buzinas ou atropelamentos.
Abaixo, em preto, os calçadões fechados nos últimos dois anos. Em azul, a próxima vítima anunciada: o vale do Anhangabaú.
Abaixo, em preto, os calçadões fechados nos últimos dois anos. Em azul, a próxima vítima anunciada: o vale do Anhangabaú.
Ao contrário de boa parte das metrópoles mundiais, a capital paulista não parece levar a sério os danos ambientais e humanos causados pelo uso excessivo de automóveis particulares e segue estimulando a circulação de máquinas de duas toneladas com uma pessoa dentro.
A política de fechamento dos calçadões, chamada de "abertura" e "revitalização" pela mídia de massa, não tem nada a ver com a construção de cidades mais humanas ou mais vivas. O objetivo é um só: adequar a região central aos interesses de especuladores e aos hábitos da minoria da população.
A política de fechamento dos calçadões, chamada de "abertura" e "revitalização" pela mídia de massa, não tem nada a ver com a construção de cidades mais humanas ou mais vivas. O objetivo é um só: adequar a região central aos interesses de especuladores e aos hábitos da minoria da população.
O folheto acima, distribuído por um dos centros culturais instalados na região, demonstra o tortuoso caminho escolhido pelos paulistanos: em vez de caminhar alguns quarteirões na região mais bem-servida de transporte público da cidade, preferem se isolar dentro de suas bolhas motorizadas e circular nos antigos calçadões protegidos por cameras de vigilância e vidros escuros. Tudo para evitar o contato humano no espaço público, visto como ambiente hostil e perigoso por quem só anda de carro.
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