(clique nas imagens para ampliá-las)
Toda última sexta-feira de cada mês, acontece a Bicicletada de São Paulo, a ciclo-festa-passeata de quem usa transporte não-motorizado. A pedalada mensal celebra a busca por cidades mais agradáveis, menos poluidas, menos violentas e mais humanas. Pedalamos por espaço e pelo respeito no trânsito, afinal, o direito de locomoção é das pessoas, não das máquinas.
O encontro acontece sempre na esquina das avenidas Paulista e Consolação... Ou melhor, no finalzinho da Paulista, quase na Consolação... Altura do número 2300. Ali perto do Belas Artes, dos sebos ou do finado Riviera, sabe? Não, do lado de cá da Consolação, no meio da Paulista mesmo, em cima daquele túnel da rampa anti-gente. Perto daquela casinha de polícia... Isso, em frente ao canteiro do metrô que está lá há quase uma década. Ali tem uma praça... É, uma praça, com estátua e tudo!
Na última sexta (24), a praça ganhou nome: Praça do Ciclista. Festa, placas, músicas, vídeos, serpentina, confete e alegria.
Na 40a edição da Bicicletada, os participantes instalaram placas avisando que a bicicleta também faz parte do trânsito. As placas ainda estavam por lá quando a praça foi "oficialmente" batizada no carnaval-inauguração. Que bom, ficou bem bonita a bicicletinha embaixo do nome da Praça...
Como já havíamos feito em julho de 2005, ajudamos a pobre estátua, condanada a permanecer 24 horas por dia no meio da poluição e do barulho. Quem sabe o homem se anima, pega a bicicleta e foge dali...
Mais notícias, fotos e vídeos da 41a Bicicletada de São Paulo:
[27 fotos aqui]; [58 fotos aqui]; [vídeo para download]; [video em streaming no YouTube]
* se tiver problemas com o vídeo em .AVI, instale o codec Xvid, que pode ser baixado gratuitamente aqui (windows) ou aqui (mac).
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Toda última sexta-feira de cada mês, acontece a Bicicletada de São Paulo, a ciclo-festa-passeata de quem usa transporte não-motorizado. A pedalada mensal celebra a busca por cidades mais agradáveis, menos poluidas, menos violentas e mais humanas. Pedalamos por espaço e pelo respeito no trânsito, afinal, o direito de locomoção é das pessoas, não das máquinas.
O encontro acontece sempre na esquina das avenidas Paulista e Consolação... Ou melhor, no finalzinho da Paulista, quase na Consolação... Altura do número 2300. Ali perto do Belas Artes, dos sebos ou do finado Riviera, sabe? Não, do lado de cá da Consolação, no meio da Paulista mesmo, em cima daquele túnel da rampa anti-gente. Perto daquela casinha de polícia... Isso, em frente ao canteiro do metrô que está lá há quase uma década. Ali tem uma praça... É, uma praça, com estátua e tudo!
Na última sexta (24), a praça ganhou nome: Praça do Ciclista. Festa, placas, músicas, vídeos, serpentina, confete e alegria.
Na 40a edição da Bicicletada, os participantes instalaram placas avisando que a bicicleta também faz parte do trânsito. As placas ainda estavam por lá quando a praça foi "oficialmente" batizada no carnaval-inauguração. Que bom, ficou bem bonita a bicicletinha embaixo do nome da Praça...
Como já havíamos feito em julho de 2005, ajudamos a pobre estátua, condanada a permanecer 24 horas por dia no meio da poluição e do barulho. Quem sabe o homem se anima, pega a bicicleta e foge dali...
Mais notícias, fotos e vídeos da 41a Bicicletada de São Paulo:
[27 fotos aqui]; [58 fotos aqui]; [vídeo para download]; [video em streaming no YouTube]
* se tiver problemas com o vídeo em .AVI, instale o codec Xvid, que pode ser baixado gratuitamente aqui (windows) ou aqui (mac).
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Na próxima sexta-feira (24), Curitiba realiza a 4a edição da sua Bicicletada, com encontro marcado às 17h30 no pátio da reitoria da UFPR. A lista de discussão dos pedaleiros da cidade está pegando fogo e você pode participar ou saber mais informações clicando aqui.
(arte: pedalero)
São Paulo também promete festa nesta véspera de carnaval: às 18h, na Paulista X Consolação, a inaguração da Praça do Ciclista Urbano, um pedal firmeza, música e confraternização na 41a edição da Bicicletada paulistana.
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O vídeo Sociedade do Automóvel (que pode ser baixado aqui) será exibido durante a edição 2006 do Carnaval Revolução, que acontece entre 26 e 28 de fevereiro, na capital mineira.
A exibição está marcada para as 21h da terça-feira (28). Visite o site do evento para mais informações.
O Sociedade do Automóvel também foi incluído no catálogo do Pirex, um site que tem outros vídeos bem bacanas (todos disponíveis para download gratuito).
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(projeto: inout designers)
O designer Adrien Rovero provou que no espaço ocupado por um automóvel cabem seis bicicletas.
As ruas paulistanas, espaço público destinado ao fluxo de pessoas, são indiscriminadamente ocupadas com o estacionamento de máquinas privadas.
As vagas públicas para automóveis impedem a construção de bancos, jardins, calçadas largas, ciclovias, corredores de ônibus e também a circulação de outros automóveis, congestionando o trânsito e sufocando a vida não-motorizada.
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A grande arte da mentira constitui-se muitas vezes em dizer apenas parte da verdade. Foi o que fez o Coronel Ubiratan Carandiru nesta entrevista ao jornal Estado de São Paulo.
Perguntado pelo repórter sobre o uso do número 111 como propaganda política, o coronel disse com a maior cara-de-pau que o número era uma homenagem ao seu cavalo. Falou que escolheu 11.190 porque 190 era o telefone da polícia...
Ubiratan, espécie migratória de político, foi eleito em 2002 usando sim o telefone da polícia precedido do 11 pertencente ao PP (de Paulo Maluf). O coronel "esqueceu" de dizer que em 1998 concorreu pelo extinto PSD sob o número 41.111.
Tá certo, talvez o general Figueiredo e o imperador Calígula entendam o amor do coronel pelos equinos...
Nem Ubiratan, comandante da tropa que fuzilou 111 detentos em 1992, nem o governador Fleury, que autorizou a invasão, foram condenados até hoje. Ganharam os braços do povo e são deputados, gozando de imunidade parlamentar, motorista particular e um belo salário.
Para espanto mundial, Ubiratan teve a condenação anulada na última quarta-feira, numa prova de que crime contra pobre não é crime no Brasil.
111 mortos, nenhum culpado.
Leia mais aqui e confira também as fotos de um ato contra a absolvição de Ubiratan, realizado na última segunda-feira (21): [1], [2], [3].
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(clique na imagem para ampliá-la)
Historinha precisa do Allan Sieber que saiu na última edição da revista Trip.
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Na última quarta-feira (15), a Bicicletada de Nova Iorque (Critical Mass) conseguiu mais uma vitória contra a perseguição política que vem sofrendo desde a Convenção Republicana de 2004. Um juiz da cidade rejeitou a acusação da prefeitura contra a Time´s Up (ONG que apoia o critical mass) e alguns ciclistas que foram detidos durante as ciclo-passeatas.
Em sua decisão, o juiz ainda recomenda que as duas partes entrem em acordo para que a pendenga jurídica seja definitivamente encerrada. Leia aqui a reportagem do New York Times sobre o assunto (em inglês).
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Em sua decisão, o juiz ainda recomenda que as duas partes entrem em acordo para que a pendenga jurídica seja definitivamente encerrada. Leia aqui a reportagem do New York Times sobre o assunto (em inglês).
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Na última terça-feira (14), as famílias que vivem no número 911 da avenida Prestes Maia receberam a boa notícia: a prefeitura estendeu o prazo para a desocupação do imóvel em 2 meses. Leia aqui a notícia da vitória parcial do Prestes Maia, a última ocupação popular no centro da cidade.
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No próximo sábado (18), às 18h30, a galera de Natal (RN) começa a organizar a primeira bicicletada na cidade. Antes da reunião, será exibido o vídeo Sociedade do Automóvel.
O encontro acontece na rua Dr. Dalton Cunha, 3639. Veja o panfleto na íntegra aqui.
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Está no ar o vídeo da 40a Bicicletada paulistana (fotos aqui). Tem pouco mais de 6 minutos e o donwload pode ser feito em um dos links abaixo:
Arquivo AVI (alta resolução, 27MB):
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/02/345579.shtml
Arquivo MOV (baixa resolução, 37MB)
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/02/345584.shtml
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A ANTP (Associação Nacional do Transporte Público) divulgou nesta semana a sua pesquisa anual sobre a imagem do transporte público em São Paulo.
Apesar da "aprovação" dos ônibus municipais ter caído 9% (de 61% em 2004 para 52%), o que chama a atenção são os problemas apontados pelos usuários.
Para 91% dos passageiros, os principais problemas são o fato dos ônibus ficarem parados no trânsito e a poluição gerada pelos coletivos.
A irritação com o trânsito, causado pelos 5,6 milhões de automóveis particulares da cidade (que circulam geralmente com apenas uma pessoa), superou a demora entre um ônibus e outro, apontada por 79% dos entrevistados, a superlotação dos veículos (75%) e até o preço das passagens (67%).
Tomara que o resultado da pesquisa sirva para que as autoridades municipais retomem o projeto de corredores exclusivos, criado na gestão passada e abandonado por José Serra (que logo nos primeiros dias de mandato aumentou a tarifa, contrariando promessa eleitoral). Afinal, 59% dos usuários apontaram que os corredores são excelentes ou bons.
Também pode servir de aviso para que a ridícula liberação dos corredores de ônibus para veículos particulares aos finais de semana seja revista pelo prefeito. Resta ainda sonhar com a renovação da frota e com a substituição dos ônibus a diesel por veículos movidos a gás e a efetiva integração entre os vários meios de transporte (ônibus, metrô, bicicletas, trens e até automóveis).
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Apesar da "aprovação" dos ônibus municipais ter caído 9% (de 61% em 2004 para 52%), o que chama a atenção são os problemas apontados pelos usuários.
Para 91% dos passageiros, os principais problemas são o fato dos ônibus ficarem parados no trânsito e a poluição gerada pelos coletivos.
A irritação com o trânsito, causado pelos 5,6 milhões de automóveis particulares da cidade (que circulam geralmente com apenas uma pessoa), superou a demora entre um ônibus e outro, apontada por 79% dos entrevistados, a superlotação dos veículos (75%) e até o preço das passagens (67%).
Tomara que o resultado da pesquisa sirva para que as autoridades municipais retomem o projeto de corredores exclusivos, criado na gestão passada e abandonado por José Serra (que logo nos primeiros dias de mandato aumentou a tarifa, contrariando promessa eleitoral). Afinal, 59% dos usuários apontaram que os corredores são excelentes ou bons.
Também pode servir de aviso para que a ridícula liberação dos corredores de ônibus para veículos particulares aos finais de semana seja revista pelo prefeito. Resta ainda sonhar com a renovação da frota e com a substituição dos ônibus a diesel por veículos movidos a gás e a efetiva integração entre os vários meios de transporte (ônibus, metrô, bicicletas, trens e até automóveis).
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(imagem: Andy Singer)
Dublin, Irlanda, hora do rush. Thomas Pedoussaut pegou sua bicicleta, uma câmera de vídeo e registrou o seu caminho até o trabalho. Dê uma olhada aqui. (a dica foi do colega Willian Cruz)
Veja também fotos e vídeos do Critical Mass (a Bicicletada gringa) na cidade:
março.2003 [fotos]
abril.2004 [fotos] e [vídeo]
agosto.2004 [fotos] e [vídeo]
setembro.2004 [fotos]
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(foto: Fred Askew)
Desde a convenção do Partido Republicano, em agosto de 2004, as "Bicicletadas" em Nova Iorque viraram caso de polícia. A cada mês, guardas motorizados, carros e helicópteros tentam impedir a ciclo-passeata, alegando que é necessária uma autorização municipal para pedalar em grupo. Mais de 700 ciclistas estão sofrendo processo judicial na cidade por participar da "massa crítica".
Na última edição do "critical mass" novaiorquino, mesmo sob ameaça de prisão, mais de 100 ciclistas pedalaram pelas ruas da cidade. 17 acabaram detidos. O fato mais grave, no entanto, foi uma colisão entre duas "scooters" pilotadas por policiais, que se machucaram feio com o tombo e foram recolhidos de ambulância. (veja aqui a reportagem do Village Voice)
Em 2004, mais de 5 mil ciclistas participaram da "bicicletada" de agosto em Nova Iorque. Naquele mês, o Partido Republicano estava reunido na cidade para escolher o caubói Bush como candidato às eleições.
A pedalada daquele mês fazia parte da jornada de protestos contra a presença do petroleiro Bush e de seus correligionários na cidade. Vale lembrar que o Critical Mass novaiorquino acontece desde 1993. A Convenção Republicana, por sua vez, nunca tinha sido realizada na cidade. Mais de 260 ciclistas foram presos e a perseguição política ao Critical Mass foi iniciada.
No começo de janeiro, 8 cicilistas presos durante a pedalada de janeiro de 2005 foram considerados inocentes. O juiz Gerald Harris disse que a exigência de autorização para pedalar em grupo nas ruas era inconstitucional. A prefeitura da cidade, no entanto, deverá recorrer da decisão.
Vale a pena dar uma olhada também no site da Time´s Up (ONG de apoio ao Critical Mass), nas lindas fotos do Fred Askew e no trailer do documentário Still We Ride.
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"Investimento público / subsídio desnecessário"
No quesito "investimento", a prefeitura de São Paulo gastou nos últimos meses R$82,3 milhões para recapear 238 quilômetros de asfalto em 207 vias da capital (quase R$350 mil por quilômetro). Segundo reportagem do Estado de São Paulo, 25% das ruas recapeadas já apresentaram algum tipo de problema no asfalto.
O cartum é de Andi Singer, que tem outros belíssimos trabalhos sobre a cultura do automóvel. Você pode ver uma série deles aqui ou então comprar o livro inteiro na seção de assinaturas da World Carfree Network (a mesma dos adesivos "um carro a menos" e da revista "car busters").
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Ação Cultural em apoio às 468 famílias ameaçadas de despejo na ocupação Prestes Maia
Domingo (12.fev), a partir das 11h - Av. Prestes Maia, 911
A Revolução Não Será Televisionada, artbr, Associação dos Moradores do Prestes Maia, BijaRí, C.O.B.A.I.A , Catadores de Histórias, Centro de Mídia Independente, Cia.Cachorra, Contra-filé, EIA – Experiência Imersiva Ambiental, Elefante, Espaço Coringa, Esqueleto Coletivo, FLM – Frente de Luta por Moradia, Fórum Centro Vivo, Frente 3 de Fevereiro, Grupo Calango de Teatro, Humanus 2000, Integração Sem Posse, Los Románticos de Cuba, Menossões, MSTC – Movimento Sem Teto do Centro, Nova Pasta, Os Bigodistas, Rádio Xiado, TrancaRUa
* informações sobre a ocupação neste editorial do CMI ou no blog integração sem posse.
* postado em 15/01: Fotos do ato [1], [2], [3], [4], [5]
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(foto: valencia en bici)
Informa o radar câmara que mais um projeto que trata da locomoção por bicicleta em São Paulo deverá ser aprovado pela Câmara Municipal. Trata-se do 599/2005, de autoria do vereador Chico Macena (PT). Já existem, pelo menos, duas leis sobre o assunto em vigor na cidade: a 13.995/2005, de Adolfo Quintas (PSDB) e a 10.907/1990, de Walter Feldman (PSDB).
O projeto de Macena cria um sistema de transporte por bicicleta, ampliando o enfoque do projeto anterior, de Adolfo Quintas, que previa apenas a construção de bicicletários em locais com grande fluxo de pessoas. O projeto de Quintas foi aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito José Serra há exatos 7 meses; virou lei desde então, mas ainda aguarda a chamada "regulamentação" (o momento em que se estabelece "como" uma lei sairá do papel), que cabe ao Executivo.
A outra lei sobre mobilidade por bicicletas, a 10.907, de 1990, foi regulamentada 5 anos depois de sua promulgação, no dia 03 de fevereiro de 1995. O site da prefeitura não mostra a íntegra da lei nem da regulamentação. No site do vereador Walter Feldman existe um resumo: "complementa a lei 10.908". O resumo da 10.908 fala sobre a construção de ciclofaixas em praças e parques, dizendo também que fica vedada a circulação de bicicletas fora destas.
Na cidade espanhola de Valencia, a população se cansou de decorar números de leis, escutar promessas vazias, ler notícias no futuro e aguentar roubalheira administrativa, disputas partidárias ou picuinhas políticas. No último Dia Sem Carro, uma "bicifestación" instalou "aparabicis" simbólicos em uma estação de trem. Além da foto acima, você pode ver outras 16 aqui.
PS: A seção "bem-vindo, ciclista" foi atualizada com dicas de bicicletários em Santos.
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(foto: Antonio Brasiliano / integração sem posse)
As 1630 pessoas da ocupação Prestes Maia, no centro de São Paulo, estão prestes a sofrer uma ação de despejo executada pela truculenta Tropa de Choque paulistana (que porta armas, bombas e não usa identificação).
A reintegração de posse, que pode acontecer entre os dias 15 e 21 de fevereiro, foi concedida pela Justiça (?) aos atuais proprietários, o vereador Jorge Hamuche e Eduardo Amorim, que não possuem a escritura do imóvel e devem mais de 5 milhões de reais em IPTU aos cofres públicos.
Clicando aqui, você acessa o abaixo-assinado online contra o despejo.
Quando as 468 famílias ocuparam o edifício próximo ao número 911 da avenida Prestes Maia, o local estava abandonado há 20 anos e havia se tornado depósito de lixo e ponto de drogas. As famílias de sem-teto construiram uma biblioteca com 3500 livros e sobrevivem hoje em condições precárias, mas com o mínimo de dignidade.
A Prestes Maia é a última grande ocupação na região central de São Paulo. Diversos prédios foram desocupados com a política higienista-especulativa em curso na região. Mais informações neste editorial do CMI ou no integração sem posse.
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(foto: Adriano Martins)
A foto acima é do belíssimo site www.estacoesferroviarias.com.br (dica do colega Dysprosio), um retrato completo do criminoso sucateamento da malha ferroviária brasileira por TODOS os governos a partir de JK.
É revoltante ver que dava para andar por quase todo o estado de São Paulo de trem e que hoje não é possível ir nem até Campinas sem ser refém das rodovias, de seu alto custo e do risco de acidentes graves.
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Na última sexta-feira (03.fev), oito ciclistas festejaram a 40a edição da Bicicletada paulsitana ajudando na sinalização das ruas. O encontro aconteceu, como sempre, na praça que existe no finalzinho da Paulista (quase na Consolação).
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Entre a torre gospel e o prédio-outdoor, nossa pequena mensagem.
Fim de tarde bonito e trânsito lento enquanto colocávamos as primeiras placas.
Últimos acertos antes de sair.
Paulista X Augusta.
A cada parada, panfletos eram entregues para motoristas e pedestres.
Fim de tarde bonito e trânsito lento enquanto colocávamos as primeiras placas.
Últimos acertos antes de sair.
Paulista X Augusta.
A cada parada, panfletos eram entregues para motoristas e pedestres.
Descemos a rua Augusta, que foi recapeada no final do ano passado. Quase dois meses depois da troca de asfalto, a pintura das faixas no chão ainda não foi efetuada. Alega-se que a chuva tem impedido os trabalhos...
A informação sobre a sinalização pendente é destinada apenas aos motoristas. Afinal, pedestre não precisa saber sobre as faixas preferenciais para sua travessia.
A informação sobre a sinalização pendente é destinada apenas aos motoristas. Afinal, pedestre não precisa saber sobre as faixas preferenciais para sua travessia.
Resolvemos dar uma força à Secretaria de Obras, que deve andar ocupada construindo rampa anti-gente (veja também este blog, no post de 21/12/2005) e cobrindo pedras portuguesas com asfalto nos calçadões do centro.
Senador Eduardo Suplicy, a caminho do cinema, recebeu panfleto da Bicicletada, gostou da idéia e disse que a bicicleta deixa em forma, é silenciosa e não polui o ambiente.
Nós seguimos a descida, deixando nossas pequenas bicicletas pelo caminho.
Como é bom pedalar no asfalto novo. Pena que os veículos motorizados e as concessionárias de serviços públicos esburacam tudo. Aí cada prefeito que assume, sem distinção partidária, faz um programa de recapeamento para mostrar que a gestão anterior não cuidava da cidade. Deve ser um tipo específico de asfalto, chamado "asfalto eleitoral", feito para durar apenas 4 anos.
Nossa pequena mensagem no meio do caos. O giganstismo dos anúncios paulistanos é proporcional ao número de veículos e ao tamanho das avenidas. Para que o motorista consiga ser "atingido", tudo tem que ser grande, apelativo, excessivo.
Nosso presente para o pessoal da Coopbike, a cooperativa de bicicletas que está surgindo em São Paulo: deixamos uma placa na árvore em frente à futura sede.
Chegando ao Theatro Municipal.
Pedalamos até a 24 de maio, onde o antigo calçadão de pedras portuguesas foi coberto por asfalto e "aberto" para os carros. Na nova e larga "rua", um carro passando. Na "calçada", duas caçambas de entulho são suficientes para impedir o fluxo de pedestres.
Um carro estacionado em local proibido na "rua"...
... outro carro em cima da "calçada".
Aproveitamos o começo de noite para mais uma volta por São Paulo, que tinha lua crescente, céu claro e trânsito bom... pelo menos para quem estava de bicicleta.
PS: Antes que alguém pergunte, sim, fomos abordados duas vezes pela polícia. Na primeira, a guarda municipal em frente à prefeitura achou que era a sinalização de um passeio ciclístico. Na segunda, os simpáticos homens da Força Tática da PM cantaram o pneu e desceram da viatura, como é praxe na polícia paulista, de arma em punho para saber o que estava acontecendo. Diplomaticamente informamos que estávamos ajudando a prefeitura a sinalizar as ruas. Os policiais e guardas municipais também receberam panfletos da Bicicletada.
PS: Antes que alguém pergunte, sim, fomos abordados duas vezes pela polícia. Na primeira, a guarda municipal em frente à prefeitura achou que era a sinalização de um passeio ciclístico. Na segunda, os simpáticos homens da Força Tática da PM cantaram o pneu e desceram da viatura, como é praxe na polícia paulista, de arma em punho para saber o que estava acontecendo. Diplomaticamente informamos que estávamos ajudando a prefeitura a sinalizar as ruas. Os policiais e guardas municipais também receberam panfletos da Bicicletada.
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(arte: pedalero)
Sexta-feira, 3 de fevereiro, dia de Bicicletada em São Paulo.
Como sempre, às 18h, no finalzinho da av. Paulista, quase esquina com a Consolação.
Aqui, um relato da última Bicicletada de 2005.
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No Brasil, notícia boa geralmente é dada em tempo verbal futuro e incerto.
O Estado de São Paulo (01.fev, p. C8) noticiou que a prefeitura irá lançar um concurso para premiar projetos que solucionem o entrave urbano chamado Minhocão (a via expressa que, em 1971, sepultou a vida no centro de São Paulo).
O nome utilizado para a premiação de R$50 mil reais é bastante simbólico: prefeito Prestes Maia. Simbólico porque o homenageado foi responsável pelo primeiro "plano de avenidas" da cidade no início do século XX. Simbólico também porque o prêmio Prestes Maia foi entregue pela primeira vez em 1998, durante a gestão de Celso Pitta, discípulo de Maluf, que é pai das duas aberrações: o Minhocão e o próprio Pitta.
A premiação de 1998 também foi simbólica: os arquitetos embolsaram o prêmio, o projeto nunca saiu do papel e a zona leste continua enchendo em dia de chuva.
(clique na imagem para ampliá-la ou veja o local no Google Earth: 23°51'1.57"S, 46°41'47.41"W)
A Folha de São Paulo informou que o prefeito José Serra "planeja entregar" duas ciclovias ainda este ano. Uma está sendo construída em algum lugar perto do ponto amarelo, no bairro de Parelheiros, extremo sul da capital, a 31km em linha reta dos Jardins (o outro ponto amarelo lá no fundo). A outra, medindo dois simbólicos quilômetros, deverá ser construída na Cidade Tiradentes, extremo leste da cidade, fronteira com Ferraz de Vasconcelos.
Se o futuro indeterminado virar presente concreto, teremos longínquos 7,8km de pistas, mais que o dobro dos atuais 3,1km (!!!) existentes. A atitude é simbólica, tanto no tamanho das pistas quanto na escolha dos bairros na periferia. Resta saber quanto deste simbolismo é vontade e quanto é propaganda que vira notícia.
Por um lado, a presença do poder público nos esquecidos barirros de Parelheiros e Cidade Tiradentes é louvável. Por outro, me recordo de um texto de Alfredo Sirkis (secretário do Meio Ambiente do Rio) no livro "Ciclovias cariocas". O ambientalista conta que a escolha da orla da zona sul para as primeiras ciclovias foi proposital.
O raciocínio é que, ao realizar as obras no berço da classe média, retirando inclusive vagas de automóveis à beira-mar, a prefeitura estaria colocando a bicicleta na "pauta" da sociedade, legitimando seu uso como meio de transporte.
A lógica de começar pelas áreas ricas parte do princípio (infelizmente verdadeiro) que só é notícia e só vira assunto de interesse público o que acontece com a classe média "formadora de opinião". Dez mortos no Capão Redondo viram, no máximo, uma notinha no caderno policial; um morto nos Jardins é comoção nacional, pedidos de pena de morte e clamores por "segurança".
O grande problema é que as ciclovias cariocas, ainda que tenham estimulado o uso da bicicleta, foram pouco além das áreas nobres e são utilizadas principalmente para o lazer. Moradores da zona norte, por exemplo, continuam vítimas da agressividade do trânsito motorizado se optarem pela bicicleta para chegar ao centro da cidade.
Se o Rio de Janeiro, cidade pequena e plana, não integrar suas diversas regiões em uma verdadeira rede cicloviária, teremos a consolidação de uma política elitista e excludente. Se a ação paulistana não acontecer também nas áreas nobres (onde as famílias têm 5 ou 6 carros e os utilizam para ir até a padaria), pouco será alterado no quadro de imobilidade e caos generalizado da capital.
A retirada dos carros da orla para dar lugar às ciclovias no Rio de Janeiro poderia servir de exemplo para uma atitude corajosa em São Paulo, cidade com alta permissividade de estacionamento: diversas ruas poderiam ter as vagas junto ao meio-fio transformadas em ciclovias, ciclofaixas, calçadas maiores ou corredores de ônibus.
Imagine a rua Augusta ou a Estados Unidos sem nenhum carro estacionado e com uma bela ciclovia na lateral? Ou a Pamplona com largas calçadas? Ou então imagine se a praça Charles Miller voltasse a ser uma praça e não um amplo estacionamento para os alunos da FAAP?
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O Estado de São Paulo (01.fev, p. C8) noticiou que a prefeitura irá lançar um concurso para premiar projetos que solucionem o entrave urbano chamado Minhocão (a via expressa que, em 1971, sepultou a vida no centro de São Paulo).
O nome utilizado para a premiação de R$50 mil reais é bastante simbólico: prefeito Prestes Maia. Simbólico porque o homenageado foi responsável pelo primeiro "plano de avenidas" da cidade no início do século XX. Simbólico também porque o prêmio Prestes Maia foi entregue pela primeira vez em 1998, durante a gestão de Celso Pitta, discípulo de Maluf, que é pai das duas aberrações: o Minhocão e o próprio Pitta.
A premiação de 1998 também foi simbólica: os arquitetos embolsaram o prêmio, o projeto nunca saiu do papel e a zona leste continua enchendo em dia de chuva.
(clique na imagem para ampliá-la ou veja o local no Google Earth: 23°51'1.57"S, 46°41'47.41"W)
A Folha de São Paulo informou que o prefeito José Serra "planeja entregar" duas ciclovias ainda este ano. Uma está sendo construída em algum lugar perto do ponto amarelo, no bairro de Parelheiros, extremo sul da capital, a 31km em linha reta dos Jardins (o outro ponto amarelo lá no fundo). A outra, medindo dois simbólicos quilômetros, deverá ser construída na Cidade Tiradentes, extremo leste da cidade, fronteira com Ferraz de Vasconcelos.
Se o futuro indeterminado virar presente concreto, teremos longínquos 7,8km de pistas, mais que o dobro dos atuais 3,1km (!!!) existentes. A atitude é simbólica, tanto no tamanho das pistas quanto na escolha dos bairros na periferia. Resta saber quanto deste simbolismo é vontade e quanto é propaganda que vira notícia.
Por um lado, a presença do poder público nos esquecidos barirros de Parelheiros e Cidade Tiradentes é louvável. Por outro, me recordo de um texto de Alfredo Sirkis (secretário do Meio Ambiente do Rio) no livro "Ciclovias cariocas". O ambientalista conta que a escolha da orla da zona sul para as primeiras ciclovias foi proposital.
O raciocínio é que, ao realizar as obras no berço da classe média, retirando inclusive vagas de automóveis à beira-mar, a prefeitura estaria colocando a bicicleta na "pauta" da sociedade, legitimando seu uso como meio de transporte.
A lógica de começar pelas áreas ricas parte do princípio (infelizmente verdadeiro) que só é notícia e só vira assunto de interesse público o que acontece com a classe média "formadora de opinião". Dez mortos no Capão Redondo viram, no máximo, uma notinha no caderno policial; um morto nos Jardins é comoção nacional, pedidos de pena de morte e clamores por "segurança".
O grande problema é que as ciclovias cariocas, ainda que tenham estimulado o uso da bicicleta, foram pouco além das áreas nobres e são utilizadas principalmente para o lazer. Moradores da zona norte, por exemplo, continuam vítimas da agressividade do trânsito motorizado se optarem pela bicicleta para chegar ao centro da cidade.
Se o Rio de Janeiro, cidade pequena e plana, não integrar suas diversas regiões em uma verdadeira rede cicloviária, teremos a consolidação de uma política elitista e excludente. Se a ação paulistana não acontecer também nas áreas nobres (onde as famílias têm 5 ou 6 carros e os utilizam para ir até a padaria), pouco será alterado no quadro de imobilidade e caos generalizado da capital.
A retirada dos carros da orla para dar lugar às ciclovias no Rio de Janeiro poderia servir de exemplo para uma atitude corajosa em São Paulo, cidade com alta permissividade de estacionamento: diversas ruas poderiam ter as vagas junto ao meio-fio transformadas em ciclovias, ciclofaixas, calçadas maiores ou corredores de ônibus.
Imagine a rua Augusta ou a Estados Unidos sem nenhum carro estacionado e com uma bela ciclovia na lateral? Ou a Pamplona com largas calçadas? Ou então imagine se a praça Charles Miller voltasse a ser uma praça e não um amplo estacionamento para os alunos da FAAP?
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