terça-feira, fevereiro 21, 2006

A arte da mentira e o crime sem castigo



A grande arte da mentira constitui-se muitas vezes em dizer apenas parte da verdade. Foi o que fez o Coronel Ubiratan Carandiru nesta entrevista ao jornal Estado de São Paulo.

Perguntado pelo repórter sobre o uso do número 111 como propaganda política, o coronel disse com a maior cara-de-pau que o número era uma homenagem ao seu cavalo. Falou que escolheu 11.190 porque 190 era o telefone da polícia...

Ubiratan, espécie migratória de político, foi eleito em 2002 usando sim o telefone da polícia precedido do 11 pertencente ao PP (de Paulo Maluf). O coronel "esqueceu" de dizer que em 1998 concorreu pelo extinto PSD sob o número 41.111.

Tá certo, talvez o general Figueiredo e o imperador Calígula entendam o amor do coronel pelos equinos...

Nem Ubiratan, comandante da tropa que fuzilou 111 detentos em 1992, nem o governador Fleury, que autorizou a invasão, foram condenados até hoje. Ganharam os braços do povo e são deputados, gozando de imunidade parlamentar, motorista particular e um belo salário.

Para espanto mundial, Ubiratan teve a condenação anulada na última quarta-feira, numa prova de que crime contra pobre não é crime no Brasil.

111 mortos, nenhum culpado.

Leia mais aqui e confira também as fotos de um ato contra a absolvição de Ubiratan, realizado na última segunda-feira (21): [1], [2], [3].

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Comments:
E AE LUDDISTA!! VC TEM RECEBIDO MEUS E-MAILS?? OU NÃO TÃO CHEGANDO??
 
O cara usa descaradamente o número 111, ou seja, no fundo se gaba de ter matado 111 pessoas presas, ou seja, confessa ser um assassino, exterminador,e os desembargadores de São paulo oabsolvem. Os desembargadors no Brasil estão chegando muito rápido ao posto dos mais cretinos e canalhas de todos os 'servidores públicos'. Quem já viu uma sessão de desem,bargadores em um tribunal sabe que essa gente e muito pior do que os piores políticos, e até memso do que o coronel Ubiratan.
 
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