No último sábado (21) a cidade de São Paulo deu mais um passo importante na propagação das bicicletas como meio de transporte urbano.
Foi inaugurado pelo governo do Estado o primeiro bicicletário em uma estação do Metrô, a simbólica Guilhermina-Esperança, na zona Leste da capital.
Parabéns aos responsáveis pela iniciativa, que conseguiram superar o discurso que limita o planejamento cicloviário à construção de ciclovias. Permitir o estacionamento de bicicletas e integrar os ciclistas ao transporte coletivo é extremamente pertinente em uma cidade do tamanho de São Paulo.
Ainda que a construção de ciclovias seja muito importante, especialmente em vias de fluxo intenso, um planejamento cicloviário decente vai muito além.
Favorecer o transporte por bicicletas não é apenas segregar o ciclista em seu deslocamento, até porque é impossível criar vias exclusivas na cidade inteira. As ciclovias devem estar conectadas com rotas cicloviárias e ciclofaixas, não deixando de lado a existência de locais para estacionamento e a integração com o transporte coletivo.
Favorecer o transporte por bicicletas também passa pela educação, inserindo o respeito a pedestres e ciclistas nos cursos de formação de condutores, desenvolvendo campanhas educativas permanentes e também punindo os infratores.
O Código de Trânsito diz que a bicicleta é um veículo como outro qualquer, com circulação preferencial nas vias sobre os demais veículos. Os motoristas devem reduzir a velocidade e manter distância lateral de 1,5m ao ultrapassar ciclistas.
Não existe, no entanto, nenhum registro de multa aplicada para esta infração e as justificativas não convencem. Também são raras, se não inexistentes, as multas aplicadas para quem ameaça ou desrespeita pedestres ou para quem não usa a seta ao fazer conversões.
Quando as infrações que visam proteger as pessoas começarem a fazer parte do cardápio dos agentes de trânsito, teremos ruas mais seguras para todos. Enquanto a prioridade for manter o "bom" andamento do fluxo motorizado, seguiremos acreditando que a solução é isolar a vítima, e não reduzir a ameaça.
Foi inaugurado pelo governo do Estado o primeiro bicicletário em uma estação do Metrô, a simbólica Guilhermina-Esperança, na zona Leste da capital.
Parabéns aos responsáveis pela iniciativa, que conseguiram superar o discurso que limita o planejamento cicloviário à construção de ciclovias. Permitir o estacionamento de bicicletas e integrar os ciclistas ao transporte coletivo é extremamente pertinente em uma cidade do tamanho de São Paulo.
Ainda que a construção de ciclovias seja muito importante, especialmente em vias de fluxo intenso, um planejamento cicloviário decente vai muito além.
Favorecer o transporte por bicicletas não é apenas segregar o ciclista em seu deslocamento, até porque é impossível criar vias exclusivas na cidade inteira. As ciclovias devem estar conectadas com rotas cicloviárias e ciclofaixas, não deixando de lado a existência de locais para estacionamento e a integração com o transporte coletivo.
Favorecer o transporte por bicicletas também passa pela educação, inserindo o respeito a pedestres e ciclistas nos cursos de formação de condutores, desenvolvendo campanhas educativas permanentes e também punindo os infratores.
O Código de Trânsito diz que a bicicleta é um veículo como outro qualquer, com circulação preferencial nas vias sobre os demais veículos. Os motoristas devem reduzir a velocidade e manter distância lateral de 1,5m ao ultrapassar ciclistas.
Não existe, no entanto, nenhum registro de multa aplicada para esta infração e as justificativas não convencem. Também são raras, se não inexistentes, as multas aplicadas para quem ameaça ou desrespeita pedestres ou para quem não usa a seta ao fazer conversões.
Quando as infrações que visam proteger as pessoas começarem a fazer parte do cardápio dos agentes de trânsito, teremos ruas mais seguras para todos. Enquanto a prioridade for manter o "bom" andamento do fluxo motorizado, seguiremos acreditando que a solução é isolar a vítima, e não reduzir a ameaça.
Na manhã de sábado, cerca de 20 ciclistas partiram do bairro do Paraíso, com a esperança de que as iniciativas de promoção do uso da bicicleta e redução do uso do transporte motorizado individual sejam cada vez mais freqüentes.
O caminho escolhido foi um tanto insólito: a Radial Leste, principal eixo viário da região, é uma avenida de fluxo intenso, com ônibus, motos, caminhões e automóveis disputando espaço, fazendo barulho e soltando fumaça. Escolha mais adequada seria um caminho alternativo, como este, postado no Bikely.
Para enfrentar os motorizados, alguns Guardas Municipais em motocicletas fizeram a escolta dos ciclistas.
Para enfrentar os motorizados, alguns Guardas Municipais em motocicletas fizeram a escolta dos ciclistas.
Viaduto no centro, em direção à zona Leste. Passar por aí de bicicleta, só com escolta e no final de semana. Repare na sujeira deixada no canto da pista: o fluxo de motorizados empurra todos os detritos para a sarjeta, local utilizado geralmente pelos ciclistas que se deslocam pela cidade.
Não levou muito tempo até o primeiro problema. Um parafuso na pista deixou um pneu furado. Graças à solidariedade de alguns dos participantes, a troca foi rápida e pudemos continuar.
Os retardatários, sem escolta motorizada, enfrentaram o trânsito da Radial por mais de 15 minutos até encontrar o resto da turma.
Alguns quilômetros depois, o segundo problema. Um motorista apressado não respeitou o ciclista que pedia para os motorizados esperarem o grupo passar e acelerou sua arma de quatro rodas para cima da bicicleta.
Acima, vereadora Soninha (com o governador José Serra ao fundo). Abaixo, secretário Eduardo Jorge. Dois grandes promotores da mobilidade sustentável em São Paulo.
Teresa D'Aprile, fundadora do grupo de pedalada feminino Saia na Noite, recebeu o cartão número 1 do bicicletário.
Na volta, pedalamos pelas horríveis calçadas da Radial Leste até um caminho por ruas mais tranqüilas. Veja um vídeo do Edu Green deste trecho do percurso.
As calçadas encontram-se em péssimo estado de conservação, com buracos, cacos de vidro e sujeira de todos os tipos. As faixas de pedestre estão distantes umas das outras (uma delas fica a mais de 1,5km do ponto de ônibus). Os tempos dos semáforos seguem a lógica paulistana: não atrapalhar o trânsito; ficam abertos durante alguns segundos para os pedestres e uma infinidade de tempo para os motorizados.
As calçadas encontram-se em péssimo estado de conservação, com buracos, cacos de vidro e sujeira de todos os tipos. As faixas de pedestre estão distantes umas das outras (uma delas fica a mais de 1,5km do ponto de ônibus). Os tempos dos semáforos seguem a lógica paulistana: não atrapalhar o trânsito; ficam abertos durante alguns segundos para os pedestres e uma infinidade de tempo para os motorizados.
De volta às ruas tranqüilas. E o desrespeito ao cidadão, como sempre, visível em qualquer rua, em qualquer horário. Carros estacionados em frente ao ponto de ônibus atrapalham a visão e o embarque dos pedestres nos coletivos.
No Tatuapé, um paraciclo em uma academia de ginástica. A iniciativa privada começa a descobrir que o estacionamento de bicicletas é uma iniciativa viável e cidadã, que promove o transporte sustentável e economiza espaço.
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Comments:
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uma bicicletada auto-gerida por caminhos alternativos ia ter sido mais bacana, né?
O que aconteceu no evento no Ka que entortou a roda traseira da bike? Na foto vejo apenas o coturno de um GM. Autuaram o cara? Vai pagar pelo preju?
Abraços! Zenga
O que aconteceu no evento no Ka que entortou a roda traseira da bike? Na foto vejo apenas o coturno de um GM. Autuaram o cara? Vai pagar pelo preju?
Abraços! Zenga
Pessoal,
Sou ciclista e achei sensacional a lei que criou o Sistema Cicloviário do Município.
Acho que este evento nos mostrou que existe vontade política do prefeito e do governador para tirar esta lei do papel. Mostrou a nós ciclicitas que precisamos nos organizar e ocupar este espaço. Somente dezenas de ciclitas terem participado é uma pena! Fiquei sabendo somente na sexta-feira por email e não pude participar. Acredito que muitos não souberam e outros tantos, como eu, souberam em cima da hora e não puderam ir.
A imprensa não divulgou e (quase) não deu notícias do acontecimento.
Para que esta lei possa sair do papel nós ciclicitas precisamos divulgar, incentivar, apoiar e sair às ruas em massa para enventos como este.
Como podemos usar os meios que temos e criarmos uma rede de comunicação para atingir todos os ciclitas?
Blogs, email, pressão na imprensa, usar as lojas de bicicleta como referência, donos de lojas e fabricantes pressinando a impressa? Talvez tudo isto junto? Qual a melhor maneira?
Abraço e vida longa ao Sistema Cicloviário do Município.
Abraço
nbonadeu
Sou ciclista e achei sensacional a lei que criou o Sistema Cicloviário do Município.
Acho que este evento nos mostrou que existe vontade política do prefeito e do governador para tirar esta lei do papel. Mostrou a nós ciclicitas que precisamos nos organizar e ocupar este espaço. Somente dezenas de ciclitas terem participado é uma pena! Fiquei sabendo somente na sexta-feira por email e não pude participar. Acredito que muitos não souberam e outros tantos, como eu, souberam em cima da hora e não puderam ir.
A imprensa não divulgou e (quase) não deu notícias do acontecimento.
Para que esta lei possa sair do papel nós ciclicitas precisamos divulgar, incentivar, apoiar e sair às ruas em massa para enventos como este.
Como podemos usar os meios que temos e criarmos uma rede de comunicação para atingir todos os ciclitas?
Blogs, email, pressão na imprensa, usar as lojas de bicicleta como referência, donos de lojas e fabricantes pressinando a impressa? Talvez tudo isto junto? Qual a melhor maneira?
Abraço e vida longa ao Sistema Cicloviário do Município.
Abraço
nbonadeu
Melhor um que nenhum, mas o bicicletário seria melhor se
não fossem penduradas as bicicletas. Mulheres, crianças e idosos com certeza terão dificuldade de usar a vaga. Uma política cicloviária requer não apenas estruturas, mas BOAS estruturas e obras. Muito já se falou das ciclovias abandonadas, porque mal projetadas e construídas... Do mesmo modo, há modelos e suportes mais adequados para bicicletários. Não basta fazer qualquer coisa, tem que fazer a coisa mais adequada.
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não fossem penduradas as bicicletas. Mulheres, crianças e idosos com certeza terão dificuldade de usar a vaga. Uma política cicloviária requer não apenas estruturas, mas BOAS estruturas e obras. Muito já se falou das ciclovias abandonadas, porque mal projetadas e construídas... Do mesmo modo, há modelos e suportes mais adequados para bicicletários. Não basta fazer qualquer coisa, tem que fazer a coisa mais adequada.
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