segunda-feira, julho 23, 2007

Nada justifica esta cena


manhã de domingo (22), av. Paulista

Nada justifica o abuso de autoridade cometido diariamente contra a maioria da população por quem deveria ser exemplo de cidadania e respeito.

Nada justifica a prostituição do sagrado espaço dos pedestres por quem deveria zelar por eles.

Nada justifica esta cena grotesca, a não ser a escolha política de governar para a minoria possuidora de carro em detrimento dos 70% que não poluem o ar, não congestionam as ruas e não degradam a cidade.

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Comments:
Olá!

> Nada justifica esta cena grotesca,
> a não ser a escolha política de
> governar para a minoria possuidora
> de carro em detrimento dos 70% que
> não poluem o ar, não congestionam
> as ruas e não degradam a cidade.

Também acho o fim da picada esta foto.

Duas dúvidas:
- destes 70% que você tanto cita, quantos só não vão para a turma dos 30% por não terem condições financeiras? Você tem alguma idéia?

- do post anterior. Vendo fotos de vcs com o megafone lembro muito do cruzamento infernal que tem aqui. Os motoristas já perderam o equilíbrio e buzinam faz tempo. Vcs estão próximos disso?

Um abraço,

Eduardo
 
Destes 30% que tem condições financeiras, quantos:

a) gostariam de respirar um ar melhor

b) gostariam de ter um trânsito mais civilizado.

É simples, é só querer. E ainda por cima faz bem à saúde. Basta ouvir as vozes da razão e ignorar as buzinas ;-).
 
Eduardo,
certamente uma boa parte dos 70% sem carro gostariam de ter um. É exatamente por isso que devemos valorizar o transporte público e os meios alternativos de locomoção, torná-los viáveis e atraentes.

Infelizmente São Paulo pouco faz nessa direção. A construção de corredores de ônibus foi interrompida, o metrô segue o calendário eleitoral e as bicicletas continuam ignoradas. Mas o processo é lento mesmo (infelizmente).

Também infelizmente, os apelos de consumo que santificam o automóvel também são brutais. Pegue um jornal de fim de semana e conte o número de anúncios de carros. Sem dúvida é muito difícil lidar com tudo isso.

Mas acho que o Patrick deu algumas dicas de caminhos a seguir. Todos (até quem anda de carro) percebem que algo está errado neste padrão de mobilidade "escolhido" por São Paulo. O difícil é fazer a ponte entre o problema e o caminho para as soluções.

Não entendi a segunda parte da sua pergunta.

outro abraço
 
Quantos poderiam deixar de poluir o mundo duas vezes?
 
Olá!

Patrick, você tem razão.

Não dá pra ficar contente com a situação da maneira que está.


Luddista,

também concordo com você.

A segunda parte do post (a que fala do megafone) foi a que me fez escrever.

Não sei o motivo, porém a foto do rapaz falando no megafone me fez lembrar das buzinas dos automóveis - alguém "berrando" o que acha que é certo para todos ouvirem = um carro buzinando freneticamente para o outro só pq foi fechado.

Não me oponho nem um pouco ao fato de que algo tem que ser feito.

Pra mim o nome do seu blog tudo: "apocalipse motorizado".

O que nem sempre me agrada é a forma como a manifestação é feita.

Porém, mesmo assim, simpatizo com a causa e dou minhas pedaladas entre uma acelerada e outra.

Um abraço,

Eduardo
 
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