Domingo é o dia máximo do espetáculo democrático. Dia da consagração dos bonecos de Olinda dos candidatos, dos porta-bandeiras pagos, dos panfleteiros profissionais, dos tocadores de bois dos currais eleitorais, dos oportunistas de primeira onda e dos profissionais que há décadas vivem da boquinha pública. Estão todos no páreo: Paulo Maluf, Fleury, Paulo Renato, Berzoini, Silvio Pereira, Apolinário, Quércia...
Dia também de alguns bem-intencionados e de dois ou três que ainda não perderam o elo mínimo de ligação entre representantes e representados e a noção de "coisa pública".
(exercício de cidadania em 2005)
Domingo é dia de liberdade motorizada, do exercício de poder dos 30% de cima. Para que a festa democrática aconteça de forma plena, julgam os senhores do poder e os gerentes das ruas que o melhor a fazer não é aumentar a oferta de transporte público ou reduzir as tarifas, mas sim liberar o estacionamento de veículos em cima de calçadas, faixas de pedestres e outros locais proibidos.
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Comments:
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Achei muito legal a iniciativa cidadã do seu blog. Tambem sou afavor da devolução do centro da cidade aos pedestre e do ar puro aos urbanos. Vivemos em cidade, mas não somos obrigados a transforma-la em um inferno. Vamos pedalar!
http://bicicletanavia.multiply.com/journal/item/69
Não é só em São Paulo que o carro está tomando conta, e não é só em São Paulo que a bicicleta é a melhor alternativa.
Reportagem sobre Brasília, a famosa cidade que, segundo praticamente todos, não dá pra viver sem carro, pois as distâncias são muito grandes. Será?
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Não é só em São Paulo que o carro está tomando conta, e não é só em São Paulo que a bicicleta é a melhor alternativa.
Reportagem sobre Brasília, a famosa cidade que, segundo praticamente todos, não dá pra viver sem carro, pois as distâncias são muito grandes. Será?
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