Apesar da enxurrada de matérias na semana que antecedeu o Dia Sem Caro (algumas muito mal feitas, outras nem tanto), a grande (?) mídia ignorou solenemente os acontecimentos em 22 de setembro, restringindo-se a repetir manchetes, textos e fotos de boicote à reflexão do ano anterior.
O que significa a foto de um político andando de ônibus? "Um político fazendo demagogia", responderia qualquer brasileiro, ciente que nenhum de seus representantes usa transporte coletivo.
E a culpa não é do político, que estava apenas cumprindo o seu papel, mas da máquina de repetir desinformação, que prefere a foto do político no ônibus do que a imagem de bicicletas, pedestres ou cadeirantes desfilando nas ruas.
Não à toa: imagens de "pessoas comuns" resgatando o espaço público podem estimular a "subversão". Imagine se as pessoas começam a perceber que o carro, além de poluir, ocupa espaço público e degrada a cidade? Imagine se as pessoas percebem que as ruas com mais bicicletas são muito mais bonitas e silenciosas do que aquelas entupidas de carros? Perigoso, muito perigoso...
"O Dia Sem Carro fracassou, o transporte coletivo é ruim e andar de bicicleta é perigoso", esta foi a mensgem nada subliminar passada pelos veículos da mídia corporativa pós 22 de setembro, com algumas pequenas brechas aqui e acolá para um ou outro texto de melhor qualidade.
Não é por acaso que mídia está em crise. A realidade supera os releases preparados por assessorias de imprensa e disfarçados de notícia por redatores apressados.
As milhares (milhões?) de pessoas que estavam na avenida Paulista, no Minhocão ou em qualquer outro local onde aconteceram atividades no Dia Sem Carro sabem que a realidade das ruas é bem diferente daquela retratada pela mídia.
Caderno publicitário de 8 páginas encartado em um dos jornais dia 22.
Caderno publicitário de 8 páginas encartado no outro jornal dia 23.
Silêncio na imprensa, estímulo ao poder e à agressividade das máquinas.
Por mais que o bombardeio de desinformação e publicidade automotiva seja constante e avassalador, existe uma massa crítica cada vez maior de pessoas dispostas a construir a realidade intervindo diretamente na realidade, sem se preocupar muito com o que o mundo da fantasia bélica segue vendendo.
Duvida? Procure no Youtube os vídeos do Dia Sem Carro e veja se você encontra alguma imagem do Prefeito andando de ônibus...
O que significa a foto de um político andando de ônibus? "Um político fazendo demagogia", responderia qualquer brasileiro, ciente que nenhum de seus representantes usa transporte coletivo.
E a culpa não é do político, que estava apenas cumprindo o seu papel, mas da máquina de repetir desinformação, que prefere a foto do político no ônibus do que a imagem de bicicletas, pedestres ou cadeirantes desfilando nas ruas.
Não à toa: imagens de "pessoas comuns" resgatando o espaço público podem estimular a "subversão". Imagine se as pessoas começam a perceber que o carro, além de poluir, ocupa espaço público e degrada a cidade? Imagine se as pessoas percebem que as ruas com mais bicicletas são muito mais bonitas e silenciosas do que aquelas entupidas de carros? Perigoso, muito perigoso...
"O Dia Sem Carro fracassou, o transporte coletivo é ruim e andar de bicicleta é perigoso", esta foi a mensgem nada subliminar passada pelos veículos da mídia corporativa pós 22 de setembro, com algumas pequenas brechas aqui e acolá para um ou outro texto de melhor qualidade.
Não é por acaso que mídia está em crise. A realidade supera os releases preparados por assessorias de imprensa e disfarçados de notícia por redatores apressados.
As milhares (milhões?) de pessoas que estavam na avenida Paulista, no Minhocão ou em qualquer outro local onde aconteceram atividades no Dia Sem Carro sabem que a realidade das ruas é bem diferente daquela retratada pela mídia.
Caderno publicitário de 8 páginas encartado em um dos jornais dia 22.
Caderno publicitário de 8 páginas encartado no outro jornal dia 23.
Silêncio na imprensa, estímulo ao poder e à agressividade das máquinas.
Por mais que o bombardeio de desinformação e publicidade automotiva seja constante e avassalador, existe uma massa crítica cada vez maior de pessoas dispostas a construir a realidade intervindo diretamente na realidade, sem se preocupar muito com o que o mundo da fantasia bélica segue vendendo.
Duvida? Procure no Youtube os vídeos do Dia Sem Carro e veja se você encontra alguma imagem do Prefeito andando de ônibus...
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Comments:
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Perfeito o que você escreveu a respeito do que a mídia divulgou.
Só um comentário sobre as manchetes deles: Em um dia em que todo mundo fala que é o dia mundial sem carro, você acha que, das pessoas que estavam ciente do dia, os "espertões" (99% do pessoal que tem carro) não iria pensar "uau, a rua vai estar vazia, vou aproveitar o trânsito!" ?
Eu mesmo fiz minha parte e divulguei pra todos os eventos do dia e expliquei da importância dele para todos. A resposta já era esperada.
Mas confesso que, se a cada 50 pessoas que leram essas notícias que antecederam os eventos, se apenas UMA abriu os olhos para essa questão, já fico muito feliz.
Até lá, a massa crítica vai continuar fazendo sua parte.
Só um comentário sobre as manchetes deles: Em um dia em que todo mundo fala que é o dia mundial sem carro, você acha que, das pessoas que estavam ciente do dia, os "espertões" (99% do pessoal que tem carro) não iria pensar "uau, a rua vai estar vazia, vou aproveitar o trânsito!" ?
Eu mesmo fiz minha parte e divulguei pra todos os eventos do dia e expliquei da importância dele para todos. A resposta já era esperada.
Mas confesso que, se a cada 50 pessoas que leram essas notícias que antecederam os eventos, se apenas UMA abriu os olhos para essa questão, já fico muito feliz.
Até lá, a massa crítica vai continuar fazendo sua parte.
Quando estávamos pedalando na Massa Crítica da Paulista, reparei nas janelas dos edifícios, nos que eram residenciais haviam várias pessoas na janela olhando atentas uma cena incomum da bicicleta tomando seu espaço na rua.. era de se esperar, a mídia não divulgou o que estava acontecendo lá, muito menos passou ao vivo na TV.. quando as pessoas percebem que a TV não mostra mais a realidade, elas a desligam.
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