quinta-feira, setembro 06, 2007

Bom feriado no carro, São Paulo



Saí de Viena em direção a Praga numa sexta-feira. Perdi a massa crítica da capital austríaca, que aconteceria no dia da minha viagem, e perdi a bicicletada de Praga (que aconteceu na véspera).

Nada que uma boa viagem de trem não fizesse esquecer. Como já disse antes, trem não passa em buraco, não queima combustível, (geralmente) não atrasa e é um ótimo local de encontro.

Em uma cabine de trem você conhece pessoas, pode olhar a paisagem, tem espaço para esticar as pernas, não fica preso em um assento apertado de carro, ônibus ou avião.



Estação central de Praga.



Praga, como boa parte das cidades européias, tem a sua principal estação de trem conectada à rede de metrô.

Nada de taxis que cobram preços absurdos para levar turistas ao centro da cidade, nada de congestionamento na chegada...

A vida sobre trilhos é só alegria.

Enquanto isso, mais um feriado se aproxima no Brasil.

Milhões de paulistanos deixarão a cidade para passar algumas horas dentro de seus carros, nervosos, tensos com o congestionamento das estradas, tendo que viajar de madrugada para evitar o trânsito.

Algumas centenas morrerão em crimes chamados de "acidentes", toneladas de poluentes serão lançados na atmosfera, milhares ultrapassarão pelo acostamento, algumas multas serão aplicadas, subornos serão pagos e a gente ainda acha que trem é coisa do passado ou idéia de maluco...


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Comments:
Pessoal, estou feliz ! Agora eu sou O cara ! Comprei um carrão...

ele vem com motor super silencioso, não polui.
Posso levar meus amigos a todos os lugares que gosto e que gostamos, vou trabalhar com ele, vou passear com ele !
Tem radio, toca MP3.
É economico, com R$ 4,60 rodo o dia inteiro.
Ah... e tem motorista e estacionamento gratis.

o modelo...isso eu não tenho muita certeza, mas tem um nome do lado...CPTM...
 
No Brasil espalhou-se o mito neoliberal: "trem depende de subsídio". Como se as ruas e estradas (mesmo aquelas que cobram pedágio) tivessem sua origem na providência divina. Para não falar nos demais custos indiretos: poluição, mortes por acidentes, etc.
 
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