(ilustração: Ingrid Hanusová /revista carbusters)
"Eu posso ver uma espécie de Guarda Pretoriana sendo formada por gente com dinheiro, imperadores magnatas do petróleo - ou da cana de açúcar?", Gore Vidal, um estadunidense lúcido em entrevista à Folha de São Paulo.
"O desperdício não faz grandes nações e, nas que já foram ou são grandes, como a Roma Imperial ou os EUA de hoje, ele é um indicador do começo do fim.", Marc Dourojeanni, em O Eco, sobre o desperdício de comida, raciocínio que pode ser transposto para outros recursos naturais.
"(...) embora políticos incentivem agressivamente o uso do etanol de milho produzido localmente como substituto do petróleo estrangeiro, a conversão faz pouco sentido do ponto de vista energético. Estudos mostram que a produção do etanol de milho cria quase a mesma quantidade de CO2 que a produção da gasolina. A queima do etanol em veículos oferece pouca, se algum, redução da poluição.", Scientific American, em trecho reproduzido na Carta Capital.
"O desperdício não faz grandes nações e, nas que já foram ou são grandes, como a Roma Imperial ou os EUA de hoje, ele é um indicador do começo do fim.", Marc Dourojeanni, em O Eco, sobre o desperdício de comida, raciocínio que pode ser transposto para outros recursos naturais.
"(...) embora políticos incentivem agressivamente o uso do etanol de milho produzido localmente como substituto do petróleo estrangeiro, a conversão faz pouco sentido do ponto de vista energético. Estudos mostram que a produção do etanol de milho cria quase a mesma quantidade de CO2 que a produção da gasolina. A queima do etanol em veículos oferece pouca, se algum, redução da poluição.", Scientific American, em trecho reproduzido na Carta Capital.
A questão em pauta nos próximos anos não deveria ser como arrumar mais energia para manter os atuais padrões de consumo dos países ricos, mas sim como redistribuir a energia existente e buscar fontes limpas para que todos tenham acesso à padrões sustentáveis de vida.
Segundo o Banco Mundial, 15% da população mundial devora metade da energia disponível no planeta. Os EUA, que possuem 4% da população mundial, produzem sozinhos 25% dos gases de efeito estufa no planeta.
Além disso, entre os danos causados pelo automóvel, o aquecimento global é apenas uma pequena parte. O carro cria entraves urbanos de difícil solução, é responsável por uma epidemia de mortes em "acidentes" de trânsito, segrega as pessoas, transforma a cidade em um ambiente hostil, consome recursos (inclusive naturais) para construção de infra-estrutura, estimula a agressividade, promove o sedentarismo...
Substituir a frota estadunidense (ou paulistana) por veículos a álcool não tem nada a ver com preservação ambiental, mas sim com a preservação dos interesses econômicos da indústria automobilística.
Segundo o Banco Mundial, 15% da população mundial devora metade da energia disponível no planeta. Os EUA, que possuem 4% da população mundial, produzem sozinhos 25% dos gases de efeito estufa no planeta.
Além disso, entre os danos causados pelo automóvel, o aquecimento global é apenas uma pequena parte. O carro cria entraves urbanos de difícil solução, é responsável por uma epidemia de mortes em "acidentes" de trânsito, segrega as pessoas, transforma a cidade em um ambiente hostil, consome recursos (inclusive naturais) para construção de infra-estrutura, estimula a agressividade, promove o sedentarismo...
Substituir a frota estadunidense (ou paulistana) por veículos a álcool não tem nada a ver com preservação ambiental, mas sim com a preservação dos interesses econômicos da indústria automobilística.
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Passou da hora de criarmos um grupo de justiceiros do planeta...pessoas que se preocupam com a real situação...se ficarmos parados os grandes nunca terão consciencia...a não ser a consciencia do agora do ganhar dinheiro do consumismo...do carro....precisamos agir agora...precisamos tomar o poder para que um dia este planeta sobreviva!!!
Além das queimadas, que provocam uma emissão de poluentes ainda pior que a dos carros (que irão poluir depois), temos um sério problema decorrente da industrialização da lavoura da cana: As grandes usinas arrendam os pequenos sítios e chácaras por cerca de 10 anos e pagam um valor a vista para os agricultores. As famílias de agricultores que viviam nestas terras acabam migrando para as cidades e aumentando a população de miseráveis, já que a produção das grandes usinas é toda mecanizada e não vai, é claro, haver emprego para esse povo.
É isso aí, precisamos denunciar os "eco-hipócritas" que se utilizam da crise causada pelo aquecimento global para promover falsas soluções que só beneficiam a indústria automobilística, o agro-negócio anti-social e anti-ecológico e o comodismo da sociedade de consumo. Na entrevista do Prof. Goldenberg ao Roda Viva só se falou em etanol, como se fosse a única forma de nos salvar da catástrofe. Transporte público, bicicleta, nada disso existe para o s eco-hipócritas (eu só lamento porque o prof. Goldenberg é respeitável, mas embarcou nessa canoa furada).
O mais insuportável é ver as propagandas de automóveis "ecológicos", do tipo "compre um carro e nós plantaremos tantas árvores para você rodar um ano com o seu carrinho sem problemas de consciência". Dá vontade de vomitar. Quer dizer que eu, que há mais de 10 anos só ando de transporte público e bicicleta, posso derrubar quantas árvores para ficar quites com as minhas emissões de carbono?
Só pra encerrar: o Globo de hoje (18/3)traz uma interessante reportagem sobre os custos sociais e ambientais do etanol.
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O mais insuportável é ver as propagandas de automóveis "ecológicos", do tipo "compre um carro e nós plantaremos tantas árvores para você rodar um ano com o seu carrinho sem problemas de consciência". Dá vontade de vomitar. Quer dizer que eu, que há mais de 10 anos só ando de transporte público e bicicleta, posso derrubar quantas árvores para ficar quites com as minhas emissões de carbono?
Só pra encerrar: o Globo de hoje (18/3)traz uma interessante reportagem sobre os custos sociais e ambientais do etanol.
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