sexta-feira, novembro 10, 2006

Ciclovia da Sumaré?


Somente na terceira etapa do atual "programa de recapeamento"
de ruas e avenidas a Prefeitura gastou mais de R$30 milhões.


Oficialmente isto se chama "ciclovia da Sumaré". Seus 1,3km de extensão canteiro central sequer atravessam a avenida inteira, ou seja, ela não tem função de ligar pontos estratégicos da cidade, sendo mais utilizada como pista de cooper do que para o transporte por bicicletas.

Buracos e irregularidades no piso, iluminação praticamente inexistente e galhos de árvore na exata altura da cabeça mostram que além da falta de planejamento do passado, também não há manutenção no presente.


Sonorizadores no final da "ciclovia". No quarteirão seguinte, o superfaturamento
das obras deve ter impedido que a pista para bicicletas fosse pavimentada.


Ao longo do "extenso" trajeto existem três cruzamentos com ruas. Em nenhum deles o ciclista tem preferência. Em cada cruzamento existem pares de sonorizadores... para as bicicletas, não para os automóveis, como poderia imaginar o leitor mais esperançoso.

Para os ciclistas, um desagradável incômodo em cada esquina. Para os motoristas, não há sequer placas ou pintura no chão avisando que existem bicicletas atravessando naquele local.


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Comments:
essa ciclovia só é considerada ciclovia por ciclistas de fim de semana.
utilizo a faixa para motocicletas que a CET implantou.
é muito bom, parece que estamos numa ciclofaixa, é mais seguro que andar do lado direito pois não somos esmagados pelos ônibus que sobem a sumaré a milhão.

ciclovias não são feitas para quem se transporta de bike.
ciclofaixas e motofaixas sim!
 
Boa, o blog é muito bom, merece o prêmio do BOB, mas além de reclamar dos carros você podia também reclamar dos pedestres que fazem barbaridades por aí. Além disso é bom lembrar que nem todos os ciclistas são responsáveis e andam como deveriam.
 
parabens pelo premio
 
Wow! É justamente nisso que eu estava pensando 1h atrás quando vinha descendo pela Sumaré.
A CET criou uma "motovia" em um lugar onde circulam poucas motos e muitas bicicletas. A população, *SABIAMENTE*, já a está transformando em ciclovia... Eu vi dúzias de bicicletas na "motovia" enquanto as motos circulavam nas faixas destinadas aos carros.
É inacreditável a falta de visão da administração municipal, obviamente quem inventou aquilo está completamente desconectado da vida da Sumaré, deve ter sido decidido por pessoas que só andam de carros e helicópteros entre o centro e a Zona Sul... E a "motovia" só existe devido a pressão economica da "máquina de moer carne", isto é, pagar alguém para infringir as leis de trânsito e chegar mais rápido com a encomenda, lavando-se as mãos sobre o que o motoboy faz... a situação chegou a tal ponto que está impossível consciliar os interesses dos motoristas de carros e as empresas que pagam os motoboys na mesma faixa de rolagem, afinal os dois fazem pressão economica para ocupar esse espaço. Se não houvesse interesse economico no serviço dos motoboys, esses seriam simplesmente multados pelas manobras escabrosas que comentem no trânsito. Já os ciclistas, como parcela despresível economicamente, podem ficar com os restos do que os motoboys não consomem, isto é, a "motovia" da Sumaré nos fins-de-semana... Lástima.
Alguém aí tem ideia de com fazer uma campanha para converter essa "motovia" em ciclovia e extendê-la por toda a Av. Brasil, Henrique Schauman, Paulo IV, Sumaré, Viaduto Antártica, Ponte do Limão e Ordem e Progresso? Para mim é perfeitamente viável e talvez fosse o 1o. exemplo de ciclovia *funcional* de São Paulo.
 
Ei estou aqui pra conhecer seu blog , fiquei curiosa em te conhecer Parabens pelo premio..Ofereço o award Blog Perola da net com muito carinho.
Bjs
 
Pois é, e o pior é que nesses cruzamentos o ciclista ainda tem que ficar sempre esperto porque podem entrar carros ou motos a qualquer momento fazendo a conversão. Ou seja, mesmo com o farol fechado para quem cruza, há risco para o ciclista. E ainda há momentos em que o ciclista tem que desviar dos carros que ficam parados ali aguardando o sinal abrir para continuar cruzando a avenida. Quando eles param muito perto uns dos outros, não sobra espaço pra passar.

Essa ciclovia foi feita para o lazer da classe média alta da região, não para transporte. Afinal, em São Paulo bicicleta ainda é sinônimo de brinquedo e quem a usa como meio de transporte dificilmente é levado a sério.
 
Sampa não é ideal para bicicletas. A cidade não é plana e não existe estrutura. Aqui, acho que o melhor seria facilitar o uso de motocicletas. Além disso, nossos ciclistas não se comportam bem, pois não seguem as leis de trânsito como deveriam.
 
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