O Dia Sem Carro em São Paulo começou na praça do ciclista. "O mundo é de quem faz", diz a moça ao fundo. Quem construiu, fez a sua parte. Quem veio, se divertiu. Quem passou por perto, ao menos olhou. Quem não quis, não noticiou.
concentração na Praça do Ciclista
descendo a Brigadeiro
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Bicicletada
[1], [2], [3],
Vaga Viva
[1], [2], [3],
[matéria Anhembi Morumbi]
Relatos
[ciclobr] , [vá de bike] , [soninha]
142 páginas dedicadas aos carros em três jornais de sábado (Folha, Estado e JT)
Além dos classificados e do suplemento especial, anúncios e encartes publicitários de três montadoras oferencendo felicidade, dinheiro e um mundo perfeito...
mídia
[Diário de S.Paulo - 21/09] [Jornal da Tarde - 22/09] [Sampaist - 22/09] [Sampaist - 23/09] [Estado de S.Paulo - assinantes] [Estado de S.Paulo - 21/09] [Estado de S.Paulo - 23/09] [Folha de S.Paulo - 22/09] [G1 - Globo.com - 22/09] [SPTV - Globo - 22/09] [Prefeitura - 21/09] [Prefeitura II] [Globo Online - 22/09] , [Autoesporte - 21/09] , [Ativo.com] , [Último Segundo - 21/09] [Último Segundo - 22/09] , [Soninha - ] , [Webventure - 21/09] , [Rádio Eldorado]
a reprodução das imagens é livre
pedimos a gentileza do crédito aos autores ou link para este site
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Comments:
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A matéria do site da Autoesporte pelo jeito é só online, não vai pra revista. Mas já é um grande avanço, se tratando de um site dedicado aos automóveis.
Vale lembrar que a mesma Autoesporte publicou há pouco tempo da Renata Falzoni comentando as dificuldades que os ciclistas encontram ao pedalar na cidade e pedindo compreensão e colaboração dos motoristas.
Vale lembrar que a mesma Autoesporte publicou há pouco tempo da Renata Falzoni comentando as dificuldades que os ciclistas encontram ao pedalar na cidade e pedindo compreensão e colaboração dos motoristas.
Mais:
[Rádio Eldorado] Esta sexta-feira celebra o dia Mundial Sem Carros
(falando sobre a Bicicletada, o uso da bicicleta e a Vaga Viva)
http://www.radioeldoradoam.com.br/noticias/cidades/2006/set/22/9.htm
ou http://tinyurl.com/etyx3
Eu dei três entrevistas para essa rádio, só colocaram na internet a pior das três... Foi a primeira entrevista do dia e eu estava um pouco nervoso, ouvindo agora fico pensando que deveria ter dito outras coisas. Mas tá valendo! :)
[Rádio Eldorado] Esta sexta-feira celebra o dia Mundial Sem Carros
(falando sobre a Bicicletada, o uso da bicicleta e a Vaga Viva)
http://www.radioeldoradoam.com.br/noticias/cidades/2006/set/22/9.htm
ou http://tinyurl.com/etyx3
Eu dei três entrevistas para essa rádio, só colocaram na internet a pior das três... Foi a primeira entrevista do dia e eu estava um pouco nervoso, ouvindo agora fico pensando que deveria ter dito outras coisas. Mas tá valendo! :)
Willian:
Fico surpreso que a Eldorado tenha divulgado alguma coisa sobre o "Dia sem carro", já que a sua programação é toda focada no usuário de automóvel, com muitos anunciantes para este público e uma linha editorial bem questionável, aonde corredores de ônibus e motos são atacados e os fiscais da CET "só estão lá para multar" o pobre ouvinte motorizado...
Fico surpreso que a Eldorado tenha divulgado alguma coisa sobre o "Dia sem carro", já que a sua programação é toda focada no usuário de automóvel, com muitos anunciantes para este público e uma linha editorial bem questionável, aonde corredores de ônibus e motos são atacados e os fiscais da CET "só estão lá para multar" o pobre ouvinte motorizado...
Olha, a repórter estava bastante interessada e curiosa sobre o uso da bicicleta... Eu aproveitei pra vender a idéia de que o uso da bicicleta é interessante até para quem não tem a menor vontade de utilizá-la e não se vê em cima de uma, com o argumento de que cada bicicleta é um carro a menos na rua e, portanto, menos congestionamento. Além disso, a bicicleta não polui o ar que o motorista respira dentro do carro.
Vamos à prática:
Dia Mundial Sem Carro em São Paulo - parecia mais um Dia Mundial do Carro isso sim!!!
A total falta de interesse da massa entupiu as ruas de carros. Desde as 8h30 da manhã, a CET registrou índices de congestionamento acima da média. Foram 76 km de congestionamento para um horário onde a média é de 35 km. Grande Dia Sem Carro...
Eu que estava iludido, deixei o bom e velho metrô para ir ao trabalho de Bike, nem quero relembrar a aventura que foi percorrer os mais de 30km de casa até o escritório (não me queixo da distância, pois estou acostumado a pedalar altas distâncias).
Após sair do serviço, mais uma grande aventura até o Centro de SP para participar da Bicicletada, que no meu ponto de vista, estava mais para um festival de auto promoção na mídia do que outra coisa. Um querendo aparecer mais que o outro. Parecia mais um desfile.
Como eu não fazia parte dos "ingredientes da panela", fui totalmente ignorado por aquelas pessoas. Havia um chefe mandão que dizia o que as pessoas tinham que fazer (como pose para fotos).
Já imaginava que a Bicicletada não era o que parecia pelo horário que ela ocorre normalmente e pela quantidade de participantes, afinal, quem é que pode estar lá na paulista com a consolação as 18h00 em plena sexta-feira, todas as pessoas que eu conheço e trabalham, encerram suas atividades somente após as 18h00, meio estranho.
Deixo aqui meu desabafo, já que, após toda a aventura para ir de bike para o serviço na cidade do caos motorizado e ir para o fiasco da bicicletada, me deixou muito indignado.
Dia Mundial Sem Carro em São Paulo - parecia mais um Dia Mundial do Carro isso sim!!!
A total falta de interesse da massa entupiu as ruas de carros. Desde as 8h30 da manhã, a CET registrou índices de congestionamento acima da média. Foram 76 km de congestionamento para um horário onde a média é de 35 km. Grande Dia Sem Carro...
Eu que estava iludido, deixei o bom e velho metrô para ir ao trabalho de Bike, nem quero relembrar a aventura que foi percorrer os mais de 30km de casa até o escritório (não me queixo da distância, pois estou acostumado a pedalar altas distâncias).
Após sair do serviço, mais uma grande aventura até o Centro de SP para participar da Bicicletada, que no meu ponto de vista, estava mais para um festival de auto promoção na mídia do que outra coisa. Um querendo aparecer mais que o outro. Parecia mais um desfile.
Como eu não fazia parte dos "ingredientes da panela", fui totalmente ignorado por aquelas pessoas. Havia um chefe mandão que dizia o que as pessoas tinham que fazer (como pose para fotos).
Já imaginava que a Bicicletada não era o que parecia pelo horário que ela ocorre normalmente e pela quantidade de participantes, afinal, quem é que pode estar lá na paulista com a consolação as 18h00 em plena sexta-feira, todas as pessoas que eu conheço e trabalham, encerram suas atividades somente após as 18h00, meio estranho.
Deixo aqui meu desabafo, já que, após toda a aventura para ir de bike para o serviço na cidade do caos motorizado e ir para o fiasco da bicicletada, me deixou muito indignado.
Chefe mandão pedindo para fazer pose para fotos??? Em que Bicicletada você foi, cara pálida? E que autopromoção na mídia, se não tinha imprensa na Bicicletada da noite, que é aquela na qual você diz ter ido?
Concordo que a Bicicletada da noite não foi muito organizada mesmo, porque o pessoal estava mais preocupado em recolher o material da Vaga Viva, porque o transporte que foi emprestado pela SVMA precisava ser liberado. Alguns inclusive tiveram que ir direto embora para poder receber em casa o material que a Kombi estava levando. Outros tiveram que interromper no meio do percurso por problemas na bicicleta ou por solidariedade a quem teve o problema e teria que empurrar a bicicleta.
Sobre as Bicicletadas ocorrerem às 18h, eu também não consigo estar lá nesse horário porque também trabalho até depois disso, mas nem por isso vou desmerecer a Bicicletada e, principalmente, as pessoas que dela participam e que podem estar lá nesse horário. Eu não posso, então chego mais tarde (isso quando dá pra ir). Elas acontecem nesse horário, pelo que me consta, porque a hora do rush é o melhor horário para se mostrar a bicicleta como alternativa ao automóvel particular.
Bom, é uma pena você não ter gostado e o movimento da Bicicletada ter lhe causado essa má impressão... Talvez você esteja acostumado com passeios noturnos de grupos de ciclistas, que tenho que admitir que são bem mais organizados. A própria estrutura da Bicicletada, que não tem liderança ou organizadores pré-determinados (todos são participantes e fazem o que bem entender) contribui negativamente para isso. O percurso é decidido na hora, cada um entrega os panfletos que quiser e as coisas de um pouco mais de vulto são decididas na base do consenso. Mesmo juntar todo mundo em uma única faixa acaba sendo meio chato, porque sempre tem a possibilidade de alguém achar que quem propõe isso está sendo um chefe mandão. Em passeios noturnos onde se pressupõe a figura clara de um guia, que organiza e coordena o passeio, esse problema não acontece.
Quanto a autopromoção na mídia, eu não vi nada disso. As pessoas que saíram na mídia tinha um objetivo maior, que pode ser resumido como divulgar a bicicleta como meio de transporte. os jornalistas estavam lá, queriam falar com alguém e quem tinha informações para dar as deu. Não foi só quem organizou que foi entrevistado, embora essas fossem as escolhas mais naturais dos repórteres, por motivos óbvios. Ninguém fez o que fez para aparecer na televisão acenando para a mãe, mas ninguém até agora tinha se queixado de não ter aparecido na imprensa. A maioria das pessoas que estavam lá não estavam preocupadas com isso.
Quanto a ser mal recebido, não sei com quantas pessoas você tentou conversar, mas se tivesse puxado assunto comigo teria feito um novo amigo. Conheci bastante gente nova nesse dia. Se as pessoas estavam conversando em alguns grupinhos, era porque tinham passado o dia todo em atividades comuns e estavam conversando sobre o que foi feito ao longo do dia. Eu por exemplo cheguei lá às 20h30 e fui conversar com quem tinha passado o dia ali, para saber o que tinha acontecido enquanto eu estava no trabalho.
Em tempo: eu NÃO represento a Bicicletada. Eu apenas ajudei a organizar - junto com outras pessoas - os eventos dos dias 20 e 22, entre os quais estavam as duas Bicicletadas. Mas eu nunca organizo as Bicicletadas regulares, eu apenas participo delas quando consigo sair do trabalho até umas 19h.
Se tiver alguma dúvida, fique à vontade, tanto no meu e-mail como por aqui mesmo. Pode até preservar sua opção pelo anonimato, se isso te deixa mais tranqüilo para falar livremente.
Abraço,
Willian Cruz
Concordo que a Bicicletada da noite não foi muito organizada mesmo, porque o pessoal estava mais preocupado em recolher o material da Vaga Viva, porque o transporte que foi emprestado pela SVMA precisava ser liberado. Alguns inclusive tiveram que ir direto embora para poder receber em casa o material que a Kombi estava levando. Outros tiveram que interromper no meio do percurso por problemas na bicicleta ou por solidariedade a quem teve o problema e teria que empurrar a bicicleta.
Sobre as Bicicletadas ocorrerem às 18h, eu também não consigo estar lá nesse horário porque também trabalho até depois disso, mas nem por isso vou desmerecer a Bicicletada e, principalmente, as pessoas que dela participam e que podem estar lá nesse horário. Eu não posso, então chego mais tarde (isso quando dá pra ir). Elas acontecem nesse horário, pelo que me consta, porque a hora do rush é o melhor horário para se mostrar a bicicleta como alternativa ao automóvel particular.
Bom, é uma pena você não ter gostado e o movimento da Bicicletada ter lhe causado essa má impressão... Talvez você esteja acostumado com passeios noturnos de grupos de ciclistas, que tenho que admitir que são bem mais organizados. A própria estrutura da Bicicletada, que não tem liderança ou organizadores pré-determinados (todos são participantes e fazem o que bem entender) contribui negativamente para isso. O percurso é decidido na hora, cada um entrega os panfletos que quiser e as coisas de um pouco mais de vulto são decididas na base do consenso. Mesmo juntar todo mundo em uma única faixa acaba sendo meio chato, porque sempre tem a possibilidade de alguém achar que quem propõe isso está sendo um chefe mandão. Em passeios noturnos onde se pressupõe a figura clara de um guia, que organiza e coordena o passeio, esse problema não acontece.
Quanto a autopromoção na mídia, eu não vi nada disso. As pessoas que saíram na mídia tinha um objetivo maior, que pode ser resumido como divulgar a bicicleta como meio de transporte. os jornalistas estavam lá, queriam falar com alguém e quem tinha informações para dar as deu. Não foi só quem organizou que foi entrevistado, embora essas fossem as escolhas mais naturais dos repórteres, por motivos óbvios. Ninguém fez o que fez para aparecer na televisão acenando para a mãe, mas ninguém até agora tinha se queixado de não ter aparecido na imprensa. A maioria das pessoas que estavam lá não estavam preocupadas com isso.
Quanto a ser mal recebido, não sei com quantas pessoas você tentou conversar, mas se tivesse puxado assunto comigo teria feito um novo amigo. Conheci bastante gente nova nesse dia. Se as pessoas estavam conversando em alguns grupinhos, era porque tinham passado o dia todo em atividades comuns e estavam conversando sobre o que foi feito ao longo do dia. Eu por exemplo cheguei lá às 20h30 e fui conversar com quem tinha passado o dia ali, para saber o que tinha acontecido enquanto eu estava no trabalho.
Em tempo: eu NÃO represento a Bicicletada. Eu apenas ajudei a organizar - junto com outras pessoas - os eventos dos dias 20 e 22, entre os quais estavam as duas Bicicletadas. Mas eu nunca organizo as Bicicletadas regulares, eu apenas participo delas quando consigo sair do trabalho até umas 19h.
Se tiver alguma dúvida, fique à vontade, tanto no meu e-mail como por aqui mesmo. Pode até preservar sua opção pelo anonimato, se isso te deixa mais tranqüilo para falar livremente.
Abraço,
Willian Cruz
Mais:
[Blog do Tiago Doria] Proibido estacionar (por enquanto)
http://z001.ig.com.br/ig/59/32/896736/blig/tiagodoria/2006_41.html#post_18643008
(esse não dá pra fazer tinyurl, por causa da anchor)
[Blog do Tiago Doria] Proibido estacionar (por enquanto)
http://z001.ig.com.br/ig/59/32/896736/blig/tiagodoria/2006_41.html#post_18643008
(esse não dá pra fazer tinyurl, por causa da anchor)
Concordo com o Anônimo,
Muita gente só quis se aparecer...
Até parece que vão se candidatar a algum cargo público...
Também queria entender o papel das bicicletadas?.
Apenas conscientização? Ficar distribuindo panfletos e colocando placas em ruas que no outro dia a prefeitura vai tirar?
Mostrar que a bicicleta é uma alternativa viável de transporte muita gente sabe.
E quem não sabe, pode até se conscientizar, mas dificilmente vai se arriscar de bike pelas ruas de São Paulo dominadas pelos carros, motos, ônibus e caminhões.
A bicicletada acredito que deveria ter o papel de reivindicar Ciclovias e Ciclofaixas.
De mobilizar os ciclistas de São Paulo e cobrar ações do poder público...
Ou seja, mobilização com finalidade.
Passear com o Secretário do Meio ambiente não vai resolver nada... Ou vai?
Quais foram as propostas de mobilidade cicloviária para São Paulo?
Muita gente só quis se aparecer...
Até parece que vão se candidatar a algum cargo público...
Também queria entender o papel das bicicletadas?.
Apenas conscientização? Ficar distribuindo panfletos e colocando placas em ruas que no outro dia a prefeitura vai tirar?
Mostrar que a bicicleta é uma alternativa viável de transporte muita gente sabe.
E quem não sabe, pode até se conscientizar, mas dificilmente vai se arriscar de bike pelas ruas de São Paulo dominadas pelos carros, motos, ônibus e caminhões.
A bicicletada acredito que deveria ter o papel de reivindicar Ciclovias e Ciclofaixas.
De mobilizar os ciclistas de São Paulo e cobrar ações do poder público...
Ou seja, mobilização com finalidade.
Passear com o Secretário do Meio ambiente não vai resolver nada... Ou vai?
Quais foram as propostas de mobilidade cicloviária para São Paulo?
A bicicletada não é uma ong, não se propõe a fazer propostas e planos, o que não significa que seus participantes se ausentem de debates deste tipo ou deixem de participar de outras instituições ou grupos com tais finalidades.
A bicicletada é uma inciciativa civil, algo próximo a um movimento, mas sem líderes, programas ou reivindicações pontuais.
Ciclovias e ciclofaixas não são a única solução. Coexistir e respeitar o outro é muito mais importante.
O alcance das panfletagens é imenso e o contato é real, feito por quem acredita na "causa" e não por funcionários contratados. A propagação de idéias e exemplos através dos meios alternativos gera redes de intercâmbio e ação que as ongs e o poder público não conseguem atingir.
Mobilização com finalidade? Não creio que esta seja a única alternativa para cada um dos cidadãos dispostos a participar de algo. Os meios são tão importantes quanto os fins. Aliás, o problema de governos, da grande mídia e de muitas ongs é que eles só enxergam os fins, não estão nem aí para o percurso a ser cosntruído e, com isso, desprezam particularidades e até a própria realidade, apresentando soluções totalizantes para algo que não pode ser unitário. Muitas tornam-se míopes ou auto-centradas.
O fato da bicicletada não ter uma finalidade ou reivindicação exclusiva é seu caráter diferencial, que deve ser valorizado e não denegrido. Este caráter é o que permite o intercâmbio livre de idéias, as propostas e discussões múltiplas entre as mais diversas pessoas.
Não pretendemos representar a classe dos ciclistas, até porque ela não existe, é múltipla, dispersa, multifacetada.
Criar propostas unitárias para a "classe dos ciclistas pode ser tarefa de outros, até de quem participa das bicicletadas. Mas a bicicletada não tem esta finalidade, ela é um momento temporal, uma janela não comercial e não formatada que se abre uma vez por mês para a livre manifestação de quem acredita que há vida e locomoção além da dependência do automóvel e em cima de uma bicicleta.
Sabotar uma iniciativa tão simples e genuína quanto é a Bicicletada, cobrando-lhe posturas, posicionamentos e ações sem nunca ter participado do momento em que ela acontece é bobagem. A bicicletada é um momento, infelizmente ainda pouco aproveitado em um país que não tem tradição de se apropriar do espaço público para fins públicos, mas que realiza ações surpreendentes em outros cantos do mundo.
Por fim, vale lembrar que o momento das bicicletadas, ainda que pequeno, é mágico para quem participa. Em uma sociedade que evita a todo custo o contato com o outro, estabelecer este contato de forma pacífica e aberta é uma baita vitória.
A bicicletada é uma inciciativa civil, algo próximo a um movimento, mas sem líderes, programas ou reivindicações pontuais.
Ciclovias e ciclofaixas não são a única solução. Coexistir e respeitar o outro é muito mais importante.
O alcance das panfletagens é imenso e o contato é real, feito por quem acredita na "causa" e não por funcionários contratados. A propagação de idéias e exemplos através dos meios alternativos gera redes de intercâmbio e ação que as ongs e o poder público não conseguem atingir.
Mobilização com finalidade? Não creio que esta seja a única alternativa para cada um dos cidadãos dispostos a participar de algo. Os meios são tão importantes quanto os fins. Aliás, o problema de governos, da grande mídia e de muitas ongs é que eles só enxergam os fins, não estão nem aí para o percurso a ser cosntruído e, com isso, desprezam particularidades e até a própria realidade, apresentando soluções totalizantes para algo que não pode ser unitário. Muitas tornam-se míopes ou auto-centradas.
O fato da bicicletada não ter uma finalidade ou reivindicação exclusiva é seu caráter diferencial, que deve ser valorizado e não denegrido. Este caráter é o que permite o intercâmbio livre de idéias, as propostas e discussões múltiplas entre as mais diversas pessoas.
Não pretendemos representar a classe dos ciclistas, até porque ela não existe, é múltipla, dispersa, multifacetada.
Criar propostas unitárias para a "classe dos ciclistas pode ser tarefa de outros, até de quem participa das bicicletadas. Mas a bicicletada não tem esta finalidade, ela é um momento temporal, uma janela não comercial e não formatada que se abre uma vez por mês para a livre manifestação de quem acredita que há vida e locomoção além da dependência do automóvel e em cima de uma bicicleta.
Sabotar uma iniciativa tão simples e genuína quanto é a Bicicletada, cobrando-lhe posturas, posicionamentos e ações sem nunca ter participado do momento em que ela acontece é bobagem. A bicicletada é um momento, infelizmente ainda pouco aproveitado em um país que não tem tradição de se apropriar do espaço público para fins públicos, mas que realiza ações surpreendentes em outros cantos do mundo.
Por fim, vale lembrar que o momento das bicicletadas, ainda que pequeno, é mágico para quem participa. Em uma sociedade que evita a todo custo o contato com o outro, estabelecer este contato de forma pacífica e aberta é uma baita vitória.
Acredito que há vida e locomoção sem a dependência do automóvel e em cima de uma bicicleta.
Sou ciclista e moro na Periferia da Zona Leste – região de São Mateus diariamente venho para o trabalho de bike na Vila Mariana (cerca de 35 KMs) há 4 anos.
Ao todo pedalo cerca de 70 KMs por dia, mas já fui atropelado, assaltado, diversas vezes fechado, xingado, etc... Assalto é um outro problema...mas vamos em frente...
Quando digo às pessoas que utilizo a bicicleta e que ela é um transporte viável sou chamado de louco, mas não tiro a razão de quem me diz isso.
Minha própria esposa, por exemplo, não tem coragem de fazer o que faço.
Ela sabe dos riscos que se corre, mas o que economizo no transporte posso ajudar mais minha família.
A coexistência, consciência e o respeito ao ciclista é praticamente inexistente em São Paulo.
Há algum tempo atrás vi um ciclista que perdeu a vida na Av. Anhanha Mello, isso é muito triste e mostra que disputar espaço com carros, caminhões e ônibus é complicado, arriscado e pode ser fatal.
Estou ciente que ciclovias e ciclofaixas não são a única solução, mas é um grande passo para que as pessoas enxerguem que além dos carros e dos Ônibus sucateados e lotados existe uma alternativa para locomoção dentro da cidade.
A bicicleta é uma opção ecológica e saudável, mas em São Paulo esta longe de ser segura... Principalmente na periferia...
Ninguém mais que nós acreditamos em um mundo mais limpo e com menos carros.
Incentivar as pessoas a deixarem os carros e ônibus lotados sem ter alternativa de transporte ou de locomoção é a grande questão que deve ser tratada.
A conscientização é uma “causa” válida, mas somente ela, não irá fazer com que as pessoas adotem a bicicleta como meio de transporte.
È necessária uma mudança no meio em que vivemos.
As ciclovias propiciariam também uma forma de conscientização e iriam proporcionar maior segurança a quem deseja deixar o automóvel em casa.
Sem espaço apropriado e sem cobrança do poder público, apenas com as panfletagens, é difícil fazer com que todos os motoristas (principalmente caminhões e ônibus) respeitem o ciclista urbano.
Não estou denegrindo ou sabotando a Bicicletada, mas acredito que seria muito mais eficaz se ela reivindicasse programas pró-ciclistas...
É uma critica construtiva, principalmente porque a bicicletada em que teve a vaga viva envolveu pessoas ligadas ao poder público.
Gostaria muito de ver o secretário do meio ambiente vindo aqui na periferia.
Eu e meus amigos já enviamos diversos e-mails para a Secretaria do verde e meio ambiente para saber sobre projetos cicloviários na região e sabe quantas respostas recebemos?
Nenhuma...
Acredito que eles (políticos) pensam que quem mora na periferia é cidadão de segunda ou até quarta classe.
Somos lembrados somente nas eleições e para pagar impostos.
Por fim, volto a lembrar que não desvalorizo a bicicletada. O movimento é muito válido e eficiente.
Como você me esclareceu, tem seus objetivos.
Acredito que o movimento poderia ser mais reivindicatório e abraçar objetivos que andam em paralelo...
Mas se este não é o foco do movimento...
Respeito, mesmo sem concordar...
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Sou ciclista e moro na Periferia da Zona Leste – região de São Mateus diariamente venho para o trabalho de bike na Vila Mariana (cerca de 35 KMs) há 4 anos.
Ao todo pedalo cerca de 70 KMs por dia, mas já fui atropelado, assaltado, diversas vezes fechado, xingado, etc... Assalto é um outro problema...mas vamos em frente...
Quando digo às pessoas que utilizo a bicicleta e que ela é um transporte viável sou chamado de louco, mas não tiro a razão de quem me diz isso.
Minha própria esposa, por exemplo, não tem coragem de fazer o que faço.
Ela sabe dos riscos que se corre, mas o que economizo no transporte posso ajudar mais minha família.
A coexistência, consciência e o respeito ao ciclista é praticamente inexistente em São Paulo.
Há algum tempo atrás vi um ciclista que perdeu a vida na Av. Anhanha Mello, isso é muito triste e mostra que disputar espaço com carros, caminhões e ônibus é complicado, arriscado e pode ser fatal.
Estou ciente que ciclovias e ciclofaixas não são a única solução, mas é um grande passo para que as pessoas enxerguem que além dos carros e dos Ônibus sucateados e lotados existe uma alternativa para locomoção dentro da cidade.
A bicicleta é uma opção ecológica e saudável, mas em São Paulo esta longe de ser segura... Principalmente na periferia...
Ninguém mais que nós acreditamos em um mundo mais limpo e com menos carros.
Incentivar as pessoas a deixarem os carros e ônibus lotados sem ter alternativa de transporte ou de locomoção é a grande questão que deve ser tratada.
A conscientização é uma “causa” válida, mas somente ela, não irá fazer com que as pessoas adotem a bicicleta como meio de transporte.
È necessária uma mudança no meio em que vivemos.
As ciclovias propiciariam também uma forma de conscientização e iriam proporcionar maior segurança a quem deseja deixar o automóvel em casa.
Sem espaço apropriado e sem cobrança do poder público, apenas com as panfletagens, é difícil fazer com que todos os motoristas (principalmente caminhões e ônibus) respeitem o ciclista urbano.
Não estou denegrindo ou sabotando a Bicicletada, mas acredito que seria muito mais eficaz se ela reivindicasse programas pró-ciclistas...
É uma critica construtiva, principalmente porque a bicicletada em que teve a vaga viva envolveu pessoas ligadas ao poder público.
Gostaria muito de ver o secretário do meio ambiente vindo aqui na periferia.
Eu e meus amigos já enviamos diversos e-mails para a Secretaria do verde e meio ambiente para saber sobre projetos cicloviários na região e sabe quantas respostas recebemos?
Nenhuma...
Acredito que eles (políticos) pensam que quem mora na periferia é cidadão de segunda ou até quarta classe.
Somos lembrados somente nas eleições e para pagar impostos.
Por fim, volto a lembrar que não desvalorizo a bicicletada. O movimento é muito válido e eficiente.
Como você me esclareceu, tem seus objetivos.
Acredito que o movimento poderia ser mais reivindicatório e abraçar objetivos que andam em paralelo...
Mas se este não é o foco do movimento...
Respeito, mesmo sem concordar...
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