terça-feira, dezembro 20, 2005

O transporte parou, mas a cidade não


(foto: reuters)

Pela primeira vez em 25 anos os trabalhadores do sistema de transporte coletivo de Nova Iorque entraram em greve. Ônibus, metrôs e trens deixaram de funcionar no dia de hoje. A população usou bicicletas ou foi à pé até o trabalho, a imprensa deu amplo destaque às alternativas de locomoção pela cidade e a administração municipal tomou diversas medidas para minimizar o caos.

Quando comparamos o New York Times com qualquer jornalão paulistano durante greves tupiniquins, fica nítida a diferença: lá a imprensa cumpriu o seu papel de prestação de serviços, informando amplamente sobre alternativas de locomoção.

Também não dá pra comparar a atitude da prefeitura novaiorquina com o total desleixo das administrações brasileiras quando ocorre algo semelhante por aqui (afinal, o consenso nestas bandas é de que transporte público é coisa para pobres, portanto, cidadãos de segunda categoria). Entre as medidas do prefeito Bloomberg, duas chamaram a atenção:
- apenas carros com mais de 4 pessoas estão autorizados a entrar na ilha de Manhattan
- um amplo sistema de compartilhamento de taxis foi colocado em prática, levando passageiros cujos destinos eram próximos.

Igualzinho ao Brasil, não?

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Comments:
E lá o prefeito (mesmo não sendo flor que se cheire) dá exemplo indo a pé para o trabalho.
 
ah, a medida de 1 carro para no mínimo 4 pessoas foi tomada durante a greve? achei que sempre foi assim...dveria ser sempre assim né? hr.....
e o sistema amplo de taxis.. tão cobrando pelo menos 10 dólares por pessoa, né? ainda fica difícil pra quem antes pegava ônibus ou metro.. 10 dólares é pro dono da empresa, não pro empregado =/

o prefeito foi bem claro, só negocia aumento do salário quando a greve terminar. enquanto tem onibus e metro fica fácil "negociar", pois a cidade não tá perdendo dinheiro com a greve
 
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