terça-feira, agosto 09, 2005

Do nada ao lugar nenhum: agora mais curta


(clique nas imagens para ampliá-las)

Segundo cálculos realizados através do Google Earth, a ciclovia da avenida Faria Lima ficou 283 metros mais curta desde o final de julho.

Como avisa a faixa acima, o trecho entre a rua Pe. Garcia Velho e o Largo da Batata foi desativado para dar lugar a pontos de ônibus. Esperto, o governo municipal aproveitou para fazer propaganda da linha 4 do Metrô (repare no canto esquerdo da faixa), que terá o primeiro trecho entregue só em 2011, mas já consta nos mapas oficiais desde a última eleição para governador. Isso se não houver mudança de planos, governos ou mesmo oscilações na bolsa de Hong Kong ou um aumento do risco país pelo J&P Morgan.



Nada contra os pontos de ônibus. Pelo contrário: os terminais e corredores à esquerda criados no governo passado são ótimos. Se na próxima década estes terminais forem integrados à fictícia linha 4 do metrô, melhor ainda. E se tivermos bicicletários e uma tarifa de ônibus e metrô integrada e barata, estaremos na Suécia.

Mas não devemos lamentar a desativação da ciclovia, afinal ela nunca existiu. Assim como os outros 3,4 km... ops, 3,1km de ciclovias da cidade, a da Faria Lima também ligava o nada ao lugar nenhum. Agora ela termina um pouco antes, mas sua inutilidade permanece a mesma.

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Comments:
Ah, sim, falando em ciclovia, a da Av Sumaré parece uma piada. Começa no meio da avenida e termina também no meio da avenida. Comédia.
 
Haicai

dia de eleição
primeiro o seu voto
depois a traição

autor: Carlos Seabra

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Essa ciclovia vinha agonizando há pelo menos uns dois anos. Começaram a colocar bancos no meio da ciclovia, lixeiras e outros absurdos que descaracterizavam a cilovia e incentivavam o pedestre a caminhar pelo meio dela.

E, convenhamos, atravessar o Largo da Batata para conseguir entrar ali na ciclovia era razoavelmente perigoso. Era uma ciclovia projetada pra matar ciclistas. Tinha um cruzamento ali que obrigava você a parar e analisar bem se não ia passar algum carro, enquanto se você estivesse na pista de rolamento do lado direito (sentido Pedroso de Morais), dava pra passar batido.
 
Acho que o modelo de ciclovias que as autoridades idealizam não considera a bicicleta como meio de transporte, mas sim como opção de lazer, utilizada apenas nos domingos ensolarados e passeando lentamente com seus filhos pequenos. Realmente acho que podemos prescindir desse tipo de ciclovia, e concentrar nossa batalha junto aos órgãos responsáveis pelos projetos urbanísticos e de trânsito nas cidades para integrar a bicicleta na rua, no asfalto mesmo, mas com uma ocupação efetiva de espaço e respeito pelos demais modais de trânsito. Infelizmente, isso é algo que demanda educação no trânsito, algo difícil de mudar em poucos anos... realmente o que temos é uma luta a longo prazo!
 
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